A diferença entre o Avaí e a Chapecoense na Ressacada, em mais um vitória do time do oeste do estado sobre o Leão nesta temporada, é que a Chape é muito bem treinada, enquanto que o Avaí passou o ano inteiro tentando fazer não se sabe o quê, mesmo tendo jogadores de qualidade.

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O interino Evando até tentou fazer o time colocar a bola no chão, tirando aquele jogo pobre praticado pelo ex-técnico Geninho, de ligações diretas e disputa de segunda bola no campo de ataque. Só que não adiantou muito, porque as fragilidades da equipe do Avaí estão sempre a um passo de aparecer. Apareceram rapidamente e foram decisivas no jogo.

Como já escrevi outras vezes, o Avaí, apesar de ter contratado jogadores para jogar com posse e construção, foi (mal) programado para defender e dar chutões pro ataque. Quando precisa atacar e construir jogo, corre enormes riscos em campo. Sempre foi um time mal treinado, mal encaixado – a temporada inteira. Isto não ia ser corrigido com técnico interino em duas sessões de treinamentos.

Já a Chapecoense é exatamente o contrário. Defende bem, marca bem na defesa ou no campo de ataque, e sabe o que fazer com a bola quando a tem de posse. A Chapecoense faz fácil o que o Avaí não consegue executar em campo mesmo fazendo muita força. O time de Umberto Louzer não se importa de até tomar pressão em algum momento, porque segue se defendendo bem. E é mortal quando pega um time mal treinado.

A vida da Chape ainda foi facilitada pela falha do goleiro Lucas Frigeri no primeiro gol – mais uma entre tantas falhas nesta Série B.

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A Chape vai subir. A contagem regressiva baixou pra três vitórias. Joga um futebol programado, automatizado, bem estruturado pelo seu treinador.

Já o Avaí está jogando mais um ano fora. Mesmo com tantos investimentos se perdeu, outra vez, em fazer aquilo que é o produto final do clube, o futebol.