Foi um resultado contundente: 19 a 1 pro VAR na Premier League! No mês passado, as discussões sobre a utilização do VAR ganharam força por uma suposta contestação na principal Liga do futebol mundial. No final das contas, não havia contestação. O resultado da votação foi expressivo. Dos 20 integrantes da Premier League, só um time não queria mais a utilização da tecnologia, o Wolverhampton, que pediu a votação para possível retirada do VAR. Perdeu feio.
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Acontece que o VAR da Premier League é o melhor do futebol mundial. Rápido, preciso, não intervencionista, objetivo e claro para o público. Como quase tudo na elite inglesa, que é o melhor campeonato em termos de qualidade de jogadores, campo, respeito às regras, infraestrutura e respeito ao jogo.
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Enquanto na Premier League o assunto é tratado seriamente, no Brasil a semana foi de fanfarronices e uso político do VAR. Na CPI, um espetáculo digno de lona de circo, com disputa pra saber quem aparece mais. Não vão decidir nada, e praticamente levaram a conversa de bar, sobre polêmicas de arbitragem, para sessão de CPI no Congresso Nacional. Tudo isso baseado em denúncias que misturam vergonha alheia, choro de perdedor, em que o dono da SAF Botafogo confunde as opiniões dele com supostos indícios de manipulação de resultados de jogos. Patético e ridículo.
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É Preciso discutir o VAR no Brasil, é verdade. Mas não em espetáculo de CPI. O VAR brasileiro comete os mesmos erros que a arbitragem brasileira. Sempre houve erros graves em campo, muitas polêmicas e discussões que remetiam à falta de qualidade da arbitragem nacional. Não seria o VAR que funcionaria perfeitamente. Se há carências em campo, por que não haveria na cabine do VAR? É preciso discutir, mas seriamente. E fazer evoluir.
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O espetáculo protagonizado pela CPI e pelo empresário John Textor, que está sendo leviano e irresponsável, só atrapalha uma discussão necessária. Mais uma vez a Premier League mostrou o caminho. O problema é que aqui os bons exemplos não são seguidos. E em vez de aprimorar o VAR, ele vira espetáculo de alguns que querem aparecer mais do que trabalhar sério.
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