Está estabelecida a primeira polêmica das quartas de final do Catarinense 2024. O Hercílio Luz não quer e não aceita a utilização do VAR na partida diante do Criciúma, marcada para sábado, no estádio Aníbal Costa. Até aí tudo bem. O Hercílio Luz pode manifestar o seu descontentamento com a ferramenta e a forma como ela vem sendo utilizada no Estadual, ou discutir quem vai pagar ou deixar de pagar.
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Mas pelo regulamento, o Hercílio, ou qualquer outro clube, não tem como vetar o VAR.
De acordo com os artigos 44 e 149 do Regulamento Geral de Competições da FCF, a prerrogativa de utilizar o VAR nas partidas do Campeonato Catarinense – em qualquer fase e qualquer jogo – é da Federação Catarinense de Futebol. Também é unicamente da FCF a responsabilidade de verificar as condições técnicas para utilização da ferramenta em cada um dos estádios.
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Pelo que apurei nos bastidores, a discussão começa com a questão dos custos, com o Hercílio alegando que não tem orçamento para pagar o VAR. Mas não é isso que aparece na nota oficial divulgada pelo clube, na noite desta terça-feira.
A nota da direção do Hercílio questiona a parte técnica, que não cabe aos clubes, e o pior, vai para uma linha completamente errada, de ataques pessoais ao presidente da Federação, Rubens Angelotti. O Hercílio, instituição centenária do futebol catarinense, deveria manter as discussões institucionais e não pessoais.
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A equipe técnica do VAR deve fazer até sexta-feira uma checagem das condições técnicas do estádio Aníbal Costa. Mas a FCF já anunciou em seu site que os jogos entre Hercílio Luz x Criciúma e Joinville x Avaí vão ter VAR.
Confira a Nota oficial do Hercílio Luz, publicada em suas redes sociais:
O Hercílio Luz SAF se posiciona frontalmente contrário à decisão unilateral da Federação Catarinense de Futebol (FCF) em relação a utilização do VAR na partida contra o Criciúma, no próximo sábado, no Estádio Aníbal Torres Costa.
Entendemos a importância que a ferramenta tem no futebol desde a sua implementação, mas não nas condições impostas para este jogo. O VAR é fundamental quando aplicado em sua estrutura plena, ou quase isso. No caso deste sábado, a situação é diferente.
O Estádio Aníbal Torres Costa, de acordo com a própria empresa responsável pela instalação do VAR, não nos oferece atualmente a condição para que um número aceitável de câmeras seja disponibilizado à arbitragem. Além disso, a reprodução das imagens via streaming na cabine de vídeo impede uma aplicação rápida e eficaz das decisões cabíveis.
A Federação Catarinense de Futebol, na pessoa do presidente Rubens Angelotti, lamentavelmente, cedeu às pressões e não cumpriu com a sua palavra, algo previamente acordado com o Hercílio Luz SAF. Na segunda-feira (04), o CEO Vinicius Gaidzinski explanou as razões do clube ao presidente Angelotti e ouviu a garantia que não haveria o uso do VAR no próximo sábado sem o consenso dos dois clubes.
Diante do exposto, reiteramos o nosso descontentamento com a Federação e a postura do presidente Angelotti, que faltou com a verdade com o Hercílio Luz SAF, e, por consequência, com sua apaixonada torcida.
A conduta do presidente da FCF gera instabilidades que trazem dúvidas na confiabilidade dos seus valores pessoais e que podem se estender a valores institucionais.
ATT
Hercílio Luz SAF
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