Encarar o Grêmio, em Porto Alegre, é muito difícil pra qualquer equipe. Para o Avaí também é uma missão extremamente complicada. Tenho comentado: o que vier de lá em termos de pontuação é lucro. Um pontinho é excelente. Vencer seria algo fantástico. E não é tratar o Leão com menosprezo, é encarar a realidade dos fatos. O Grêmio é um dos melhores times do Brasil há três anos e tem jogadores de Seleção até da Argentina. O Avaí vai pra lá com a confiança dos resultados recentes e com a atitude de uma equipe que tem lutado muito.

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A façanha de 2017, quando o time foi bombardeado pelo ataque gremista, dentro da Arena, e venceu o jogo por 2 a 0 tem que servir de inspiração. É o tal do “saber sofrer”, que os técnicos usam atualmente, que significa correr muito, defender muito, passar sufoco, tentando salvar tudo na defesa, pra também tentar algo no ataque, que defina o jogo. O Grêmio, para azar do Avaí, está em grande fase. Atropelou o Santos, na Vila Belmiro. E desta vez não vai ter time reserva, como teve na Ressacada, no turno. Mas é isso. É jogar o jogo.

Se não fosse futebol, não daria para ter esperanças. Mas como se trata deste esporte fantástico e imprevisível, é esperar pra ver. Quem sabe, né…

Aposta no que tem dado certo

O Avaí cresceu defensivamente com o meio mais preenchido. É inegável. Sempre escrevi que a defesa do Avaí estava muito exposta. Foi só colocar um homem a mais no setor de meio que a bola começou a chegar mais quebrada na zaga, facilitando o trabalho da defesa. Cresceu a marcação, cresceu o rendimento de Ricardo e Betão.

Para o jogo contra o Grêmio é fundamental preencher os espaços no setor. Se o meio tiver espaços pra jogar, o jogo está perdido. O Avaí pode explorar as costas dos laterais gremistas, que é um dos pontos vulneráveis do time de Renato Gaúcho. A estratégia do jogo não deve ser uma marcação agressiva. Se quiser ter sucesso, o Avaí deve se postar do meio de campo pra trás, reforçando a marcação a partir da linha divisória. Tem jogadores de força e velocidade na frente para roubar a bola ali e criar problemas para a defesa tricolor. Mas é preciso ter máxima eficiência.

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