Na preparação para a Copa de 2018, o meio de campo da Seleção Brasileira era Casemiro, Paulinho e Renato Augusto. Durante a Copa, Renato Augusto teve problemas físicos e Philippe Coutinho assumiu uma das vagas no meio. O ataque era Gabriel Jesus, Neymar e William ou Roberto Firmino.

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Em 2019, o meio da Seleção campeã da Copa América era Casemiro, Arthur e Philippe Coutinho. O ataque tinha Everton Cebolinha, Gabriel Jesus e Roberto Firmino.

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O time que entra em campo nesta quinta-feira (7), às 20h30, contra a Venezuela, em Caracas, pelas Eliminatórias tem novas escolhas e jogadores que cada vez mais vão se firmando como novas referências. Está bem diferente. Deve ter Fabinho, Gerson, Paquetá, Everton Ribeiro, Gabriel Jesus e Gabigol. Vejo como uma grande oportunidade dentro de um cenário conservador, bastante duro, da linha de trabalho do técnico Tite.

Everton Ribeiro tem sido o destaque da Seleção nas últimas partidas
Everton Ribeiro tem sido o destaque da Seleção nas últimas partidas (Foto: Lucas Figueiredo/ CBF)

Claro que apenas eventualmente Casemiro e Neymar, que são duas referências de geração, estão fora, respectivamente, um por um problema de saúde e outro por suspensão. Mas é impossível não levar em consideração que mesmo que Tite tenha resistido às mudanças, eles foram se impondo.

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E é ótimo que tenha sido assim. Tite se mostrou muito fiel a um determinado grupo de jogadores durante muito tempo. Já escrevi aqui sobre isso, com críticas à demora na renovação. E mesmo que seja apenas pra essa convocação ou este momento, as atuações em campo podem mostrar novos caminhos para o futebol da Seleção, que anda muito amarrada.

Há muito talento chegando e precisando de espaço. É preciso encarar a realidade que a “geração Neymar” está passando.