O Figueirense está construindo um projeto de Gestão. Foi esse o recado deixado pelo presidente do Conselho Consultivo, Roberto Costa, na entrevista ao Debate Diário, nesta quarta-feira.
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Em termos gerais, Costa apresentou o que está sendo formatado por um grupo de Conselheiros e especialistas técnicos. É um projeto que engloba uma reestruturação geral do clube em termos administrativos, além de conter ideias para alavancar as finanças do clube a curto, médio e a longo prazo.
Foi interessante ouvir que, pela primeira em anos e em passadas administrações, o Figueirense não está apostando num salvador da pátria cheio de dinheiro pra “entregar” o clube.
E pela ideia, apresentada ainda de forma superficial, os investidores não serão gestores da S.A. Algo que foi erro grave nas últimas tentativas.
O Figueirense, com o tamanho que tem, é viável. Mesmo com as dívidas acumuladas nos últimos anos. O problema é que precisa de Gestão séria, de gente com credibilidade e que seja muito transparente com o mercado e com o seu público. Se não agregar tudo isto, não vai conseguir atrair bons investidores e parceiros.
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Do papel para a execução
Tudo que foi apresentado no Debate Diário ainda precisa ser finalizado em termos de formatação e colocado em discussão no Conselho Deliberativo do clube. Além disso, um próximo presidente vai assumir a partir de março. Este presidente precisa estar de acordo com estas ideias para que elas sejam executadas. Ou apresentar outro modelo de Gestão.
Acontece que ninguém tem ideia ainda, nem dentro, nem fora do clube, de quem pode vir a ser candidato à presidência do Figueirense. No Debate Diário, Roberto Costa afirmou que seu candidato para a presidência é Paulo Prisco Paraíso. Falta convencer o próprio Prisco disso.
Aceitação
O torcedor do Figueirense, naturalmente, anda desconfiado. Nas redes sociais, depois da entrevista no Debate, essa era a reação da maioria. A desconfiança é em virtude de tantos outros projetos que não deram certo. Quase todos referendados, é verdade, por este mesmo grupo de Conselheiros – algo que foi reconhecido por Roberto Costa.
Recentemente, depois que publiquei aqui, em termos gerais, o projeto do Grupo de Paulo Prisco, cheguei a comentar, nos bastidores e no ar, que o Figueirense precisava apresentar um projeto ao seu torcedor. Está fazendo agora. É difícil ter crédito com a torcida, mas com muita transparência e fazendo o torcedor conhecer os detalhes fica mais fácil.
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Um dos pontos é a questão dos investidores. Aliás, a palavra já está bastante batida entre os torcedores. Roberto Costa revelou que os empresários João Neto e Guillermo Vieira são dois nomes certos. São empresários que estão aqui e que têm ligações com o Figueirense. O que pode ser uma espécie de comprometimento. Os investidores sabem que o retorno é para longo prazo. Roberto Costa afirmou que este retorno vai ser dos lucros futuros que a empresa Figueirense S.A. obtiver.