A questão aqui não é descartar o jogador Zé Antônio, mas falar de características que podem mudar e mudaram o jogo do Figueirense na última terça-feira. Zé Antônio tem seu valor e já tem sua história com a camisa alvinegra, mas não vive um bom momento, uma boa fase. Na partida diante do Botafogo-SP, o Figueirense jogou com dois volantes/meias, aqueles que marcam e saem pro jogo. Funcionou bem na marcação e na chegada ao ataque. Patrick e Betinho tinham liberdade.
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Betinho chegava mais pela direita e Patrick saia pro jogo pela esquerda. Os dois trabalharam a marcação e a criação. Zé não é um jogador pra criar. Tem a marcação, às vezes muito faltosa e por isso com muitos cartões, tem bom passe curto e boa virada de jogo, mas não tem a chegada no ataque com qualidade, encostando nos meias. Aliás, até as boas viradas de jogo sumiram do seu repertório recentemente.
Nas partidas em casa, em que o time precisa jogar mais e produzir mais, atacando o adversário, vale a pena arriscar a formação que entrou em campo na última terça. Nos jogos fora de casa, em que é preciso ter mais proteção, Zé Antônio poderia voltar. É uma leitura simples e que certamente deve estar mexendo com a cabeça do técnico Hemerson Maria.