Seja qual for o resultado, este será para sempre o clássico da despedida do camisa 10 da Ressacada. Marquinhos escolheu o clássico contra o maior rival, o Figueirense, para ser seu último jogo. Escolheu porque sabe que será protagonista, senão pelo que fizer em campo, mas por aquilo que movimenta. Durante toda a carreira sempre foi um grande defensor das cores do Avaí, principalmente em jogos como este.
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No ano passado, ajudou a reverter uma situação muito complicada para o time, que perdia e estava com um jogador a menos em campo, apenas por aquilo que sua presença em campo produzia, com aquele empate no final, no escanteio cobrado por ele. No clássico do turno, certamente, faltou um Marquinhos para que o Avaí tivesse um espírito de tentar reverter a derrota. M10 já entrou para história do Leão por tudo que fez nesses anos todos, está na história do clássico por gols feitos, lances, passes e confusões, infelizmente. E o clássico de domingo já entra para a história como o último jogo da carreira dele.
Avaí
No Avaí, o técnico Geninho tem mais opções, mas não deve mudar muito a equipe que enfrentou o Vasco no Rio de Janeiro. Acredito em Marquinhos saindo como titular, como ele mesmo já deixou claro que prefere. Geninho geralmente conversa com M10 para saber dele e definir. Então é mais provável que o ídolo comece jogando. Com isso, o jogador a sair do time é o zagueiro/volante Ricardo. O restante da equipe deve ser a mesma, tirando o goleiro. No gol, está mais do que na hora de Vladimir assumir a titularidade. Esse revezamento foi um grande equívoco. Que um titular seja definido, com seus erros e acertos. O melhor deles é Vladimir.
O Avaí chega forte para o clássico. Vem de um jogo em um nível maior do que o nível dos jogos do Catarinense. Além disso tem mais opções do que o Figueirense. Com a possível entrada de Douglas, ainda pode ter um acréscimo de qualidade e experiência, e joga em sua casa com a maioria dos torcedores. Tem tudo para fazer uma boa apresentação, um grande clássico com qualidade e competitividade.
Figueirense
Acredito num Figueirense entrando com três volantes: com Zé Antonio centralizado e Patrick ou Júlio Rusch por um dos lados e Betinho em outro. É um sistema que dá mais equilíbrio ao time, além de proteger a defesa, dá saída de bola qualificada e faz com que os atacantes não tenham que voltar tanto para marcar pelo lado.
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No clássico do turno o técnico Hemerson Maria fez isso com Patrick. No último jogo do Figueira esse esquema também foi utilizado. Acredito ser uma tendência tática do Figueirense. Outra questão é a volta de Matheus Lucas ao ataque. O atacante foi muito bem no jogo do turno, incomodando a experiente dupla de zaga avaiana. João Diogo apareceu, mas não fez nada que o definisse como um titular absoluto, apesar do gol em Tubarão.
Alípio e Popp parecem opções certas, assim como a defesa está muito clara. O diferencial pode ser também a estratégia. No turno, Hemerson fez uma marcação agressiva. Deve estar pensando nesta linha também. O Figueira precisa ser muito organizado, intenso e competitivo.