Despretensiosa, a tentativa de Patrick resolveu o jogo. Num lance isolado, num chute fraco, mas que desviou e enganou o goleiro do Avaí, o estreante Gledson. Não foi uma partida bem jogada, mas foi bem disputada. Com cara de clássico. O Avaí teve mais jogo com a bola nos pés, trabalhando bem o lado do campo, principalmente o esquerdo. Faltou efetividade, capricho e finalizações. Faltou ataque ao time do técnico Geninho. 

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Getúlio, Daniel Amorim e Jones Carioca estiveram apagados na partida. A maior chance foi no final do primeiro tempo, com Daniel Amorim, mas Kauê fez a cobertura salvando o lance. Mas foi pouco para um Avaí bem estruturado e de quem se esperava muita força pra se impor. Se esperava bem mais.

Merecimento

O Figueirense lutou mais pelo resultado. Mereceu vencer. O time teve uma grande aplicação tática. Até, em algumas jogadas, foi vencido e envolvido pelo lado do campo, mas sempre havia um pé salvador ou uma cobertura. E essa tem sido a tônica do time que venceu quatro em quatro na competição. O destaque é a linha defensiva, bem estruturada, com o comando do volante Zé Antonio a frente deles. 

Na frente ainda há muito a desenvolver. Entre escolhas e combinações. A dupla de armadores foi uma boa sacada, mas efetivamente funcionou pouco. Betinho e Patrick apareceram individualmente, mas fizeram poucas combinações. Dá pra ressaltar que era a primeira partida com esta formação. Por enquanto o que é válido é o trabalho bem desenvolvido no sentido coletivo.

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Destaques

O lateral Kauê foi eleito, na CBN Diário, o craque do jogo. É um dos jovens do time de Hemerson Maria. Na verdade, está improvisado na lateral direita, pois sua posição na base era volante. Está aprendendo a jogar por ali e foi muito bem. A marcação foi implacável. Getúlio não conseguiu se criar pra cima dele. Além dele, Betinho teve a qualidade de sempre e comandou a saída de bola alvinegra com bons passes. 

No Avaí, os destaques foram negativos. Pedro Castro e Matheus Barbosa foram muito mal na construção das jogadas. Barbosa ainda deixou o time em situação ruim depois da expulsão. João Paulo foi quem tentou jogar e criar. Além dele Igor Fernandes fez um bom primeiro tempo, aparecendo bastante no ataque. 

Arbitragem

Discordo da maioria dos meus colegas de CBN Diário. Não considerei pênalti no lance final da partida. Há um choque entre os dois jogadores, Matheus Destro e Alex Silva, numa bola que está dividida e à frente. Os dois correm pra chegar antes e há o choque entre os dois e não uma falta de um marcador em um jogador que tem a bola dominada. Destro inclusive tenta recolher pra evitar o choque, mas ele fica inevitável porque os dois estavam em velocidade. No mais, a arbitragem de Rodrigo D’Alonso Ferreira foi correta, com boa condução de um jogo que costuma ser muito difícil.