O Ministério Público de Santa Catarina emitiu nota nesta terça com o título “MPSC apura briga de torcidas e estuda medidas para coibir violência entre organizadas de Avaí e Figueirense”. A nota trata da briga de torcidas ocorrida no Clássico da Copa Santa Catarina na semana passada. O confronto ocorreu no entorno da Ressacada.
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Briga entre torcidas antes do clássico Avaí x Figueirense será investigada
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E lá na última frase da nota do MPSC vem a frase “Entre as possíveis medidas estão a proibição da presença das torcidas organizadas envolvidas nos estádios ou mesmo jogos com torcida única, entre outras”. A parte sobre as torcidas únicas é que faz pensar.
Em São Paulo, a medida foi implementada em 2016 e pelos relatos da experiência na capital paulista, o exercício da torcida única nos estádios tem transferido as brigas para outros lugares, não tendo eficácia no combate à violência, e expondo ainda mais a população com as brigas ocorrendo em outros lugares como praças, terminais de transporte coletivo e outros bairros, até mesmo distantes dos locais dos jogos.
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VÍDEO: Clássico pela Copa Santa Catarina é marcado por briga entre torcedores
É o que relata reportagem da Folha de S. Paulo, de fevereiro do ano passado, já com seis anos de torcida única nos jogos entre os grandes da capital paulista.
O mais eficaz normalmente é o mais complicado e trabalhoso fazer, que é identificar os brigões e baderneiros, responsabilizando, separando e punindo exemplarmente todos eles.
O clássico da Copa Santa Catarina mostrou a força de mobilização deste jogo entre as torcidas. Mesmo com o Avaí com time alternativo, quase um sub-21, e com o preço do ingresso mais caro para o torcedor do Figueirense, foi a partida com maior público de toda a competição, com 7,6 mil presentes.
A atmosfera no estádio foi especial e a festa das torcidas na maior rivalidade do futebol catarinense se sobrepôs a qualquer tipo de confusão registrada no lado de fora do estádio. Confusões que podem ser prevenidas e combatidas com inteligência e eficiência das autoridades competentes, além de maior comprometimento das partes envolvidas, mesmo que isso exija um pouco mais de dedicação, planejamento e trabalho.
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