O cenário é muito grave. Com troca de notas, posições contrárias e sem diálogo, o fim de semana mostrou um acirramento da discussão entre jogadores e direção da empresa que administra o futebol do Figueirense. A paralisação está mantida, com início na sexta-feira e treinamentos que não foram realizados no fim de semana e, como escrevi no sábado, ameaça real à realização do jogo desta terça-feira. Ainda na noite de ontem, o advogado Filipe Rino, que representa os jogadores, divulgou nota reforçando a posição dos atletas, que cobram pagamentos até esta terça. Do outro lado a diretoria se diz respaldada pelo novo acordo com a Associação Figueirense, assinado no final de julho, e mantém previsão de pagamentos para o final de agosto, dia 28.

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Há um impasse estabelecido e isso pode levar o Figueirense a viver uma situação escandalosa e vergonhosa de passar por um WO em jogo oficial da Série B. Vergonha que a instituição já vem passando com a repercussão nacional. Só neste fim de semana atendi UOL e CBN nacional para tentar explicar o que está ocorrendo no clube – uma missão bastante difícil, convenhamos.

Com WO ninguém ganha

A disputa no Figueirense pode levar a um WO amanhã. Não consigo apoiar uma decisão extrema de fazer o clube passar por um WO. É uma exposição que fere a instituição, por mais que avalie como justa a manifestação dos atletas. Por mais que avalie como desastrosa a administração atual do futebol do Figueirense, que está levando o clube a um caos administrativo e esportivo. Um WO é o extremo do extremo.

O Figueirense, como instituição, e sua torcida não merecem isso. O que se espera é que o diálogo seja retomado, com responsabilidades assumidas e que a situação seja contornada com conversas que precisam ser feitas.

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