Nos dois últimos jogos, contra Goiás, empate em 2 x 2, e contra o CSA, vitória por 1 x 0, o Flamengo não foi o mesmo time da arrancada fantástica que fez no Brasileirão. Na partida contra o CSA, dá-se um grande desconto. Era a ressaca da estupenda vitória da semifinal da Libertadores, os 5 x 0 diante do Grêmio. Mas foi um time espaçado em campo e que cedeu oportunidades que não vinha cedendo aos adversários. Se o jogo do último domingo, no Maracanã lotado – 69 mil torcedores – tivesse terminado empatado não seria um absurdo. Bom registrar que o Flamengo, no primeiro tempo, perdeu pelo menos cinco chances claras de gol.

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Na quinta-feira, diante do Goiás, no Serra Dourada, o que se viu foi um time sem paciência, irritado com as dificuldades impostas pela boa marcação do Goiás, e com as provocações dos jogadores adversários. O Flamengo cedeu também algumas chances a mais. O que não vinha ocorrendo antes. Tomou o empate nos minutos finais e deixou escapar dois pontos que pareciam certos. A impressão foi de um time que não tem mais a mesma paciência para o Brasileirão. Um time que abriu 10 pontos de vantagem – agora são oito – e quer fazer o tempo passar rápido para pegar a taça de uma vez. Acontece que ainda faltam nove rodadas.

O Palmeiras, principal concorrente, segue vencendo. Enquanto isso acontecer, o Flamengo, se quiser confirmar o que está mesmo muito próximo, que é o título da temporada, vai precisar jogar disposto cada um dos 90 minutos das nove partidas que restam ainda. E vai ter que fazer com paciência e concentração. O Flamengo que entrou em campo nas últimas duas rodadas pode correr riscos. Por mais que isso possa parecer inimaginável.