A polêmica segue! E são muitas as discussões ainda sobre os dois lances da final do Catarinense. Mas o que dizem os especialistas? Maior autoridade nacional em termos de arbitragem, Carlos Eugênio Simon, que carrega no currículo três Copas do Mundo, foi consultado com exclusividade e deu o seu parecer sobre os possíveis pênaltis da partida do Heriberto Hulse reclamados pelo Brusque.

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Além dele, Leonardo Gaciba, que já foi Diretor Nacional de arbitragem da CBF, também avaliou as jogadas. Há pequenas divergências nas avaliações, o que derruba a tese de “muito pênalti” ou algo “escandaloso”, ou mesmo “vergonha”, que foi a repercussão estadual depois do jogo de sábado. Os pereceres são mais convergentes com as decisões de campo e a divergência que há mostra a dificuldade dos lances e ajuda a absolver a arbitragem de possíveis erros.

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Carlos Eugênio Simon apitou três Copas do Mundo (Foto: divulgação, Fifa)

Veja os lances que geraram reclamações de pênalti por parte do Brusque na final do Catarinense

Carlos Eugênio Simon

Carlos Eugênio Simon crava: “a arbitragem acertou nos dois lances!”

Para Simon “o primeiro lance é o mais difícil porque a imagem não está muito clara, mas a bola não parece tocar no primeiro defensor (o número 3 – Rodrigo) e lá em cima da linha toca no peito do segundo jogador (o número 8 – Barreto).”

Na segunda jogada, Simon é mais incisivo ainda: “a bola toca na mão do defensor, mas ele está com o braço em posição natural. Há ainda o fator surpresa, pois o desvio acontece muito próximo e não há tempo de reação para tirar o braço.”

Simon ainda comparou este lance com um que ele considera erro na história das Copas, que foi o pênalti de Perisic, da Croácia, marcado, segundo Simon, equivocadamente para a França, na final de Copa de 2018, na Rússia.

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Leonardo Gaciba

Leonardo Gaciba é ex-árbitro e foi chefe nacional de arbitragem da CBF (Foto: Lucas Figueiredo, CBF)

Veja os lances que geraram reclamações de pênalti por parte do Brusque na final do Catarinense

No lance do primeiro tempo, Leonardo Gaciba avaliou que “há um grau de dificuldade maior de interpretação. O defensor (número 3 – Rodrigo) está em ação de bloqueio no momento do arremate ao gol. Ele se encontra com os braços atrás do corpo, mostrando cuidado no momento do arremate, mas após o chute ele retira o braço esquerdo de trás do corpo e intercepta a bola que está indo para a meta com aumento do volume corporal, na minha opinião, caracterizando ação de bloqueio ilegal.

Após este desvio a bola ainda vai em direção a meta e o defensor em cima da linha de gol (número 8 – Barreto) bloqueia a mesma com o ombro, local que não caracteriza infração.”

Já no segundo lance, do final do jogo, para Gaciba não há polêmica. Ele concorda com Simon e com o que foi decidido em campo: “Não vejo infração na jogada. A bola é cabeçada contra o braço do defensor que não está em ação de bloqueio, causando um fator surpresa. Seu braço está em posição natural para o jogo é ele tenta evitar o contato. Sem infração.”

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Veja as imagens dos lances da decisão no Heriberto Hulse:

Carlos Eugênio Simon e Leonardo Gaciba são analistas de arbitragem do grupo Disney (ESPN), que gentilmente liberou a participação dos profissionais nesta análise das polêmicas da final do Catarinense.