Hoje o Rodrigo Faraco comentarista vai pedir licença pra vocês. Afinal, a análise do jogo e da Seleção Brasileira já fiz ontem em áudio, vídeo e aqui neste mesmo espaço, escrevendo. Hoje queria escrever um pouquinho como torcedor simplesmente, como um apaixonado pelo futebol, pela Copa do Mundo, pela Seleção e pelo nosso Brasil.
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Pra quem vive o futebol desde os sete anos de idade – estou com 49 – é simplesmente inexplicável comemorar um gol da Seleção Brasileira em Copa do Mundo no estádio. Uma sensação de alegria que toma conta e outros sentimentos vêm junto, como emoção, orgulho, prazer, satisfação… é como se naquele instante tudo fosse pleno e estivesse completo. Foram quatro gols nesta segunda-feira. Foram quatro descargas de adrenalina e outros hormônios mais que a fisiologia explica e a gente nem sabe que existem.
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Foi o quarto jogo da Seleção aqui no Catar, o quarto jogo que fui acompanhar no estádio, na missão “Qatarinenses” da NSC. Cada um teve prazeres e sabores diferentes dos outros. O jogo desta segunda foi uma festa do início ao fim. Mesmo que desta vez não houvesse ao meu lado nas cadeiras do estádio 974 um catarinense ou um brasileiro, como das outras vezes. Não interessa, ali estou eu, meus sonhos, minhas experiências de vida, e minhas realizações. Impressionante como a gente projeta tudo numa partida de futebol.
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Cantar o hino brasileiro no estádio numa Copa do Mundo… a gente não canta, a gente grita o hino. Enche o peito e solta a voz pra dizer “eu sou brasileiro pra “caricas” (era aquele palavrão aqui) mesmo!”. Ainda mais com um argentino e um coreano ao lado, como foi meu caso neste jogo. E no final ainda vem aquela: “pai, caiu um cisco aqui no olho…” – sempre cai o tal do cisco no olho. Só quem não sente nada pra não sentir nada nestas horas.
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Claro que sinto falta da festa no Brasil, de estar com a família, com os colegas e os amigos, daquela bagunça bem brasileira dos jogos de Copa do Mundo. Sinto falta também de poder acompanhar as transmissões da Globo pela NSC, com as narrações do Galvão dizendo o famoso e incomparável “olhu gol, olhu gol, olhu gol”… mas estar aqui vivendo essa Copa do Mundo no estádio, trabalhando, exercendo a minha profissão, aquilo que escolhi pra minha vida, é uma conquista gigante, uma satisfação que não consigo traduzir.
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São mais três jogos possíveis. Espero que sejam mais três mesmo. Está acabando e ainda há muita coisa pra ser. São pouco mais de 12 dias ainda aqui no Catar. Um país que não imaginava conhecer, mas que nunca mais vou esquecer. Estes dias no Oriente Médio jamais sairão da minha memória. Vão ser pra sempre alguns dos dias mais especiais da minha vida. Independentemente do desfecho, já posso dizer com o coração cheio de alegria “Shukran (obrigado), Catar!
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