Com os pagamentos realizados entre quarta e quinta-feira (28 e 29), há uma calmaria, pelo menos momentânea, no Figueirense. Sim, porque outros momentos de calmaria momentânea já existiram. Um destes foi o dia do anúncio da assinatura do “termo de compromisso” entre o “Figueirense real” e a empresa.

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Naquela data, algumas pessoas imaginavam que tudo estava resolvido e o Figueirense resolveria sua vida. Pois bem, de lá para cá vários fatos transformaram a calmaria em caos novamente.

Entre os fatos: novos atrasos de salários, denúncia do clube pelo Ministério Público do Trabalho, com liminar expedida pela Justiça do Trabalho bloqueando bens de dirigentes no valor de R$ 9,6 milhões e determinação de pagar as dívidas com prazos estabelecidos, WO no jogo de Cuiabá, saída de jogadores importantes como o goleiro Denis, extinção pela Justiça do Trabalho do pedido de ato trabalhista, denúncia do STJD com julgamento marcado para esta sexta-feira (30), e, esportivamente, o time descendo a tabela de classificação da Série B e se aproximando perigosamente do Z-4.

Pagamento vira argumento para o STJD

Por vários motivos, a empresa não tinha mais saída. Foi obrigada a pagar agora – os principais se referem às ações da Justiça do Trabalho e da Justiça Desportiva. Afinal, como um advogado, por melhor que fosse, iria defender o clube no STJD se os salários ainda estivessem em aberto. Então, a empresa cumpriu sua obrigação realmente, mas fez isso porque foi apertada por todos os lados. Não havia mais como protelar e discursar com desculpas.

Só que os problemas do Figueirense não acabam aí. Há um ano financeiro para terminar e um time para ser recuperado no campeonato. E a empresa gestora já demonstrou durante todo esse tempo sua mais absoluta incapacidade de fazer o que foi contratada para fazer desde 2017. Portanto, se engana quem acredita simplesmente por acreditar que agora “só vai”. Muito pelo contrário. É preciso manter a vigilância e a cobrança.

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