O futebol brasileiro sempre encantou o mundo com seu talento tipo exportação. A Seleção Brasileira ainda tem a marca do futebol arte, mesmo que nos últimos tempos não tenha conseguido conquistar. Sempre se espera algo da Seleção Brasileira e dos jogadores do Brasil, como aquele gol lindo de Richarlison na estreia da Copa do Catar contra a Sérvia. Talento puro. Futebol Brasileiro.
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Acontece que o talento vem sendo substituído por alguns casos que mancham e trazem vergonha para a imagem do futebol brasileiro. Jogadores de nível mundial, que atuam ou atuaram em grandes ligas e que passaram a ser caso de polícia.
O técnico da Seleção Brasileira, Fernando Diniz, precisou deixar de convocar o talentoso Lucas Paquetá, que foi titular na Copa em novembro/dezembro passado porque ele está sendo investigado por suspeita de manipulação de jogos com ligação com apostas esportivas. Aqui no Brasil o escândalo foi ainda maior, com jogadores punidos e envolvidos. A CBF teve que fazer um comunicado mundial alertando para os jogadores manipuladores de resultado.
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Nesta semana outro caso explodiu. Diniz teve que desconvocar Antony, do Manchester United – outro que esteve no Catar – acusado de agressões contra a namorada. Ele já estava acusado quando foi convocado. Não deveria nem ter sido chamado. A pressão pública valeu e o que era certo foi feito.
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Diniz fez o que era necessário fazer. A Seleção Brasileira não pode dar “honra ao mérito” para profissionais que estejam sob suspeita. Paquetá e Antony estão se defendendo das acusações, não estão condenados, mas estão sendo investigados. E isso tem que bastar para que não sirvam, pelo menos no momento, à Seleção Brasileira. Se provarem inocência, e merecerem esportivamente novas convocações, certamente serão novamente chamados.
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Mas tudo isso tem que levar a uma reflexão. Que brasileiros do futebol estamos “exportando” para o mundo? Que cidadãos e profissionais estamos “produzindo”? E não se esqueça do caso Robinho, outro jogador de Seleção, tipo exportação, que acabou condenado por estupro na Itália. A Seleção não pode transigir. A realidade é que o talento brasileiro está sob suspeita. E se já não encanta tanto em campo, passou a ter problemas bem mais sérios fora dele.