A primeira convocação do técnico Tite para as Eliminatória para a Copa 2022 teve boas novidades.

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Jogadores que estão em grande momento, que representam avanço para o futuro e que podem mudam o jeito burocrático que o time vinha se apresentando no final do ano passado.

O trio do Flamengo, por exemplo. Éverton Ribeiro está com 30 anos. Em tese pode ser uma opção para a Copa, daqui a dois anos. E vem desequilibrando desde o ano passado. É um meia com estilo diferente, que não há na Seleção.

Bruno Henrique e Gabigol eram obrigações. Estão lá e podem acrescentar jogando. Não seria nenhuma loucura pensar num time com os dois em campo.

O jovem Bruno Guimarães, do Lyon, é outro que tinha que ser chamado. É mais um acerto de Tite. E tem futebol pra ser titular. É um jogador moderno, que faz o jogo de uma área a outra, com desarmes, coberturas, passes curtos e longos. Muito inteligente pra ler o jogo. Pode ser o companheiro de Casemiro no meio, posição que na Copa América foi ocupada por Arthur, que também foi chamado, mas que está machucado no Barcelona – neste final de semana fica fora da rodada na Espanha.

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A lateral direita é um problema e as convocações não foram boas. Daniel Alves pode até estar, mas não deveria mais. Danilo não é uma boa opção. A Copa do Mundo dele não foi boa. Danilo nunca mostrou nada especial pra ter este crédito e todas estas convocações. Tite tinha a obrigação de achar e criar alternativas.

O mesmo ocorre com Thiago Silva, que parece ser incontestável com o treinador. O zagueiro é um líder, fez uma grande Copa, e tem excelentes passagens com a amarelinha. Mas seu ciclo acabou. Não deveria ser mais a referência na zaga. Já passou da hora de trabalhar o novo companheiro de Marquinhos – esse sim teria que seguir como a nova referência da zaga.

Ainda é preciso registrar que Gérson, do Flamengo, tinha que estar na lista. É um jogador que está acima da média em termos de qualidade, força, intensidade, dinâmica de jogo. É peça chave no sucesso atual do Flamengo. Parece que a bronca por ter recusado a Seleção Olímpica foi usada para uma punição na Seleção principal. Gérson tinha razão em pedir dispensa. Estava exausto e sem condições físicas. Não iria render, como já não estava rendendo no Flamengo durante o Mundial. Perde a Seleção com a birrinha da comissão técnica.

É apenas o primeiro passo. As eliminatórias ainda são um longo caminho de duas temporadas. O que vai ser importante é que Tite abra cada vez mais suas opções. E que cada vez mais se desprenda do passado e de fidelidades.

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É melhor aguardar antes de elogiar muito. É bem provável que Tite, com seu conservadorismo, escale um time como vem escalando(meio de campo duro com Casemiro, Arthur e Phillipe Coutinho) e sem os avanços esperados em campo.