A discussão atual, como escrevi aqui há alguns dias, é em relação a alterações na regra de inscrições de atletas para a finalização do Catarinense 2020. Para mais três atletas em cada clube, tudo está definido. 

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Mas para utilização de um atleta por uma segunda equipe dentro da mesma competição – com trocas e negociações entre as 10 equipes do campeonato -, o receio jurídico da Federação é grande e, por enquanto, não há liberação.

A primeira alteração está feita e aprovada por todos. A data final de inscrição dos atletas era 19 de março e agora a nova data vai ser dois dias antes da volta do campeonato para cada uma das equipes.

Conversei com o presidente da Federação, Rubens Angelotti, que argumentou comigo que para esta alteração há justificativas que, juridicamente, sustentariam a mudança. “Há registros que comprovam que não houve a possibilidade de atender os clubes na data limite das inscrições. Já estávamos sob quarentena e a funcionária de registros da FCF não conseguiu sequer entrar na cidade de Camboriú porque tinha placas de carro de Itapema”.

Ponto Polêmico

A discussão é mesmo em relação a um jogador poder trocar de clube dentro da mesma competição. Os clubes deliberaram que sim em reunião por videoconferência, que teve a presença da FCF. Acontece que, depois, o jurídico da própria Federação acabou não aprovando.

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A preocupação maior, segundo Angelotti, não é nem a possibilidade de um clube reclamar. Afinal, se todos assinarem – e houve unanimidade também com relação a esta mudança na videoconferência do dia 14 de maio –, ninguém poderia, no futuro, reclamar. 

Rubinho explica que o grande problema é o Estatuto do Torcedor. “Qualquer torcedor poderia entrar na justiça reclamando a quebra do regulamento. Imagine se um jogador desse que trocou de time, como o Fernandinho (que saiu do Jec e foi pra Chapecoense), faz um gol decisivo por esta segunda equipe. O torcedor não vai aceitar. Precisamos evitar de correr um risco como esse, que pode paralisar ou impedir a homologação do campeonato”.

Neste aspecto não há como não aceitar o argumento da Federação. Bagunçar o campeonato é algo que ninguém quer. Por isso escrevi que sou favorável às mudanças, mas é preciso haver muita segurança jurídica.