Recado, atraso de salário e conclusões sobre a coletiva do Vernalha

A direção do Figueirense reafirmou mais uma vez sua disposição de tocar o projeto independentemente do resultado do time ao final da temporada. Era hora de uma manifestação, realmente. Há muita conversa de corredor no Orlando Scarpelli sobre uma reviravolta nos rumos do clube caso o acesso não ocorra, como o campeonato vem mostrando, com o Figueirense com uma campanha fraca – de rebaixamento – no returno.

Mas é curioso que um contrato de 20 anos precise ser reiterado de meses em meses. É para ser algo sólido e não frágil, como as reiterações – decorrentes de rumores internos – podem fazer parecer.

Salários e aportes

O presidente Claudio Vernalha, mais uma vez, admitiu que há atrasos nos pagamentos. Afirmou que são quase dois meses entre carteira e imagem. Mas reiterou sua confiança de que isso não tem reflexo imediato nos resultados do time. O que dá pra dizer é que é um cenário que sempre traz desgastes e, se não tem reflexos diretos, indiretamente sempre atrapalha.

Apesar de “aporte” ser uma palavra desgastada junto à torcida, Vernalha revelou que já foram injetados mais de R$ 15 milhões desde que a gestão atual assumiu. Fez questão de salientar que o final do ano deve ser tranquilo financeiramente e que novos recursos estão sendo tratados. É algo a ser verificado e cobrado.

Conclusões

O que chamou atenção foi a irritação do presidente Claudio Vernalha sobre o quadro geral atual do Figueirense e o que vem sendo publicado e discutido na imprensa e junto à torcida. O anúncio de uma nova política na relação com a imprensa demonstra isso. Mas a realidade é que esse é o primeiro período de cobranças mais fortes pela falta de resultado, com o iminente insucesso na meta de subir à Série A.

Que esta é uma diretoria que pela primeira vez está lidando com esse tipo de pressão. Não há nada que fuja da realidade desse cenário: falta de resultado x cobranças. E era preciso que a diretoria desse realmente suas explicações neste momento. Para o torcedor, o que chama mais atenção é a falta de resultados. Outros descontentamentos andam em paralelo a isso.