Chegou o momento em que os clubes ficam divididos. Afinal, o que vale mais a pena? Apostar em entrar firme na Copa do Brasil e tirar o pé do Catarinense em algumas partidas, ou seguir firme no Catarinense levando a Copa do Brasil em segundo plano? Ou, ainda, tentar encarar as duas competições com força total e arriscar os jogadores à máxima exposição física? É algo que precisa ser analisado internamente. E há um componente que pesa nesta avaliação, que é a premiação da Copa do Brasil, fase a fase. As cotas da competição nacional são realmente tentadoras e não podem ser desprezadas. Cada caso é um caso e outros fatores precisam ser avaliados.

Continua depois da publicidade

Avaí pode mexer no time

O Avaí tem a viagem mais longa: vai até o Acre para sua estreia na Copa do Brasil. Uma jornada que é sempre desgastante. Mesmo que tenha perdido um pouco de espaço na tabela de classificação do Catarinense, o Leão tem grupo e pode alternar o time em algumas posições para preservar jogadores que precisam desta administração ou para dar oportunidade a quem ainda não mostrou. O técnico Geninho pode mudar o time sem perder tanto a qualidade. Jogadores como André Moritz ou Luan Pereira podem ser mais utilizados, enquanto outros, como Marquinhos Silva, precisam ser menos utilizados. Para o Avaí, passar de fase na Copa do Brasil é colocar nos cofres do clube quase R$ 2 milhões – R$ 920 mil pela primeira fase e mais R$ 990 mil pela segunda.

Figueirense tem poucas opções

O trunfo do Figueirense é estar líder no Campeonato Catarinense. A campanha até aqui dá ao técnico Hemerson Maria a possibilidade de mudar o time neste sábado contra o Hercílio Luz. Acontece que o Figueirense não tem tantas opções assim para alterar a equipe. O grupo está reduzido e tem muitos garotos. Maria fez isso contra o Metropolitano e não deu muito certo, com pontos perdidos em casa para o vice-lanterna. O que o Furacão tem que fazer é preservar somente quem não tiver condições. Não colocar ninguém no famosos “jogar no sacrifício”. O jogo contra o Hercílio não é nada simples. Assim como a partida diante do Boavista pela Copa do Brasil. São testes bem relevantes para o momento de formação da equipe de 2019.

O Jec que abra o olho

A eliminação na primeira partida da Copa do Brasil precisa acender um sinal de alerta no Joinville. Como escrevi aqui nesta semana, é uma camisa pesada de um dos grandes do futebol do Estado, mas que está apequenado. Na tabela o Joinville está na beirada da zona de rebaixamento, sem ter vencido sequer uma partida na competição. Fora tudo que ocorreu nos últimos anos, com quedas nas divisões do futebol nacional, que Tubarão e Metropolitano trocaram de técnico e tentam um reinício forte nesta retomada do estadual, o Jec precisa reagir. Do jeito que está, vai correr reais riscos até mesmo no Catarinense.

Continua depois da publicidade