Foi uma rodada às avessas. Os pequenos fizeram a festa em cima dos cinco grandes. E por muito pouco a festa não foi maior, porque o Tubarão esteve muito próximo de vencer a Chapecoense. Totalmente ao contrário daquilo que se esperava. As maiores decepções foram Avaí e Criciúma. O Tigre ainda fez um bombardeio e criou muitas chances para cima do Brusque, mas não conseguiu ter efetividade. O Avaí voltou a jogar mal e perdeu para o Marcílio Dias sem reagir.

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A Chapecoense sempre correu atrás do Tubarão no placar, com o agravante que jogou com o time principal, o mesmo que deve estrear na semana que vem na Copa Sul-americana. O futebol catarinense tem cinco grandes estabelecidos há muito tempo, mas desta vez brilharam os chamados pequenos. Brusque e Marcílio Dias foram os grandes da noite de futebol da quarta-feira.

Um preço pago por mudanças demais

O técnico Hemerson Maria administrou o seu grupo de jogadores na rodada. Vinha de vitória no clássico, estava com 100% de aproveitamento e confiança total. Além disso, enfrentava um time que vinha de derrotas muito fortes, o Metropolitano. Era o cenário para fazer as mudanças. Só que foram sete alterações na equipe e muitos garotos juntos. O preço foi pago no segundo tempo, depois de uma primeira etapa muito bem jogada. Naquele ritmo o Figueirense venceria. Acontece que um time com muitos garotos e muitas mudanças vai oscilar. Era e é natural.

O Metropolitano foi melhor na segunda etapa. Com o camisa 7, Ari Moura, comandando as ações ofensivas foi para cima do Furacão e arrancou o empate. Depois disso o Figueirense não teve mais força e nem futebol para fazer o gol que poderia ser o da vitória. Foram pontos perdidos e uma gordurinha que o time queimou nesta rodada. Segue líder e além das expectativas iniciais, mas vacilou ao arriscar demais nas mudanças.

Pressão total no Avaí

A segunda derrota seguida vai trazer mais cobranças e certa pressão para cima do Avaí, do técnico Geninho e dos jogadores. O meia André Moritz saiu de campo depois da derrota para o Marcílio Dias dizendo que faltou vontade de novo e que o adversário mereceu vencer porque lutou mais. É algo que não se pode admitir. O Avaí outra vez não jogou bem. Já escrevi sobre isso, mas a derrota praticamente exige mudanças na equipe.

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Geninho vai ter que repensar aquilo que planejou para esse início e para a formação da equipe. Perder o clássico no detalhe até pode estar no contexto. Perder para o Marcílio Dias também no detalhe é do jogo. O que não pode ser aceito é apatia e falta de entrega. Se os próprios jogadores admitem que está faltando, é hora de uma conversa mais séria no vestiário.