A questão não é tirar os méritos do Criciúma, que lutou muito para sair da Ressacada com três pontos a mais na tabela.
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Acontece que o roteiro do jogo, e do resultado, é contato pelos erros que o Avaí cometeu em campo.
O primeiro erro foi determinante. O pênalti de Wesley em cima de Adenilson. Ele desloca o volante do Criciúma, que estava de frente para fazer o gol.
O segundo erro ocorreu em função da escalação. O Avaí saiu jogando com Capa como zagueiro, na linha de três. Perdeu a jogada ofensiva pela esquerda. E estava lento pelo meio, com a combinação de Wesley e Pedro Castro. O time tinha a bola nos pés, mas não conseguia abrir a defesa do Criciúma. Ficou um toque de bola burocrático.
O terceiro erro ocorreu quando o técnico Augusto Inácio tirou Vinícius Jaú para colocar o Alemão. Além da entrada de Alemão, que pouco acrescentou, Inácio tirou Valdívia da posição dele, mais à esquerda no meio, para que ele abrisse na direita. Ocorre que Valdívia estava combinando boas jogadas com Rildo pela esquerda. A alteração distanciou os dois e o time perdeu essa boa combinação que estava produzindo grandes jogadas.
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Sendo justo, Inácio havia mexido bem no intervalo, com Rildo no lugar de Leonan. Mudou o sistema para linha de quatro atrás e liberou Capa para jogar, ganhando o melhor dele, que é o futebol ofensivo.
O quarto erro foi a marca registrada das finalizações. O Avaí perdeu muitos gols. Em lances claros em que a bola bateu na trave e em outros em que o goleiro do Criciúma, Paulo Gianezini, fez ótimas defesas.
Aliás, o mérito do Criciúma está ligado a atuação do seu goleiro. Foi o melhor em campo, ajudando o Tigre a segurar o placar.