Com a vitória sobre a Ponte Preta, o Avaí praticamente encerra um ano que não foi nada bom. Na verdade, o ano do centenário do Avaí foi um ano esportivo ruim, em que o torcedor foi bastante maltratado pelo time. 

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Como é Bohn esse Igor! Avaí, enfim, faz vitória decisiva contra o rebaixamento na Série B

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As alegrias do avaiano em 2023 vieram de vitórias em clássicos com o Figueirense. As vitórias de 4 x 0 no Estadual e no “clássico da garotada” de 1 x 0, na Copa Santa Catarina, com os meninos do Avaí batendo os profissionais do Figueirense.

Avaí vence a Ponte Preta e encaminha permanência na Série B

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O restante foi eliminação no Catarinense, eliminação muito precoce na Copa do Brasil e a Série B, em que a corrida foi uma angústia contra o rebaixamento à Série C, que seria um desastre.

Confira a lista de sete erros cometidos pelo Avaí, que levaram ao resultado ruim, que por pouco não foi pior:

1 – A contratação de André Martins como executivo de futebol. Em tese era uma boa contratação, com as passagens vitoriosas recentes pela Chapecoense e pelo Cruzeiro, os dois campeões da Série B nos anos anteriores. Mas na prática foi um trabalho que não deu certo.

2 – A aposta em Alex de Souza. Outra contratação que encantava a todos. Trazer um jovem e promissor treinador, que seria o grande condutor do Avaí no ano do centenário. Não deu certo. Alex tem todos os conceitos, mas como craque que foi ainda sofre e vai sofrer treinando jogadores que não têm a mesma capacidade técnica e inteligência que ele. O Avaí não deveria ter começado a Série B com ele, depois dos fracassos do Catarinense e da Copa do Brasil.

3 – A eliminação precoce da Copa do Brasil. Uma competição de primeira linha do futebol nacional. A única de elite que o Avaí iria participar no ano do centenário. Merecia um planejamento especial. O Avaí jogou de qualquer jeito contra o Retrô, podendo empatar e mesmo assim perdeu na primeira rodada da competição. Um pecado. Ainda mais com a experiência da eliminação do ano passado. Passar as primeiras fases da Copa do Brasil era uma alegria que o torcedor merecia ter em 2023.   

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4 – A montagem do grupoO Avaí tinha um grupo fraco, inconsistente. Muitos jovens na defesa e no meio de campo, e um ataque inexistente. Havia um desequilíbrio claro nas valências dos jogadores. A correção teve que vir com força no meio do ano. O Avaí teve que contratar um executivo mais experiente, Eduardo Freeland, um técnico mais rodado, Eduardo Barroca, e uma dezena de jogadores para fazer um time que pudesse tirar o Avaí das profundezas da tabela de classificação da Série B.

5 – A demora no tempo de reação. Com a eliminação precoce na Copa do Brasil e no Catarinense, já estava claro que alguma correção precisava ser feita. Ou o Avaí mudava o executivo, ou o treinador, ou mudava o grupo de jogadores. Na verdade, precisava de todas as mudanças. Nenhuma das correções foi feita ao final do Estadual para a pré-temporada da Série B. Não poderia dar certo. 

6 – O desastre de Gustavo Morínigo. Mais uma contratação que em tese poderia ser a solução. O paraguaio Gustavo Morínigo tinha feito um ótimo trabalho no Coritiba em 2021 e vinha de um bom trabalho no Ceará. Pois foi um desastre! O pior de todos os movimentos do Avaí em 2023. Em nove jogos, nenhuma vitória e o Avaí se afundou na zona de rebaixamento da Série B, ficando entre os jogos de uma rodada entre estar na 19° ou na 20° colocação. Foi o que paraguaio entregou para Barroca: um nada com o desespero batendo em todos.

7- A vinda de alguns jogadores cansados – A mexida no grupo de jogadores era necessária. As chegadas de Douglas, Giovanni e Pottker, por exemplo, foram fundamentais para o Avaí. Mas uma coisa é você contratar jogadores experientes e com bagagem, com força ainda e muita competitividade para estruturar um time. Outra coisa é contratar jogadores em fim de carreira e que vão somar pouco ao seu grupo. Em algumas contratações, o Avaí passou do ponto. Com Cortez e Fellipe Bastos chegava muita experiência, mas pouco rendimento físico e competitivo. Em alguns momentos, eles até ajudaram, mas pouco em relação ao que o Avaí precisava.

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