O astro mundial, Lionel Messi, anunciou: a Copa do Qatar vai ser a última dele! O que não chega a ser uma novidade, pois o argentino já está com 35 anos e seria difícil imaginar uma sexta Copa para ele com 39 anos. É isso mesmo, Messi já faz este ano sua quinta participação em mundiais. Na verdade, a declaração impacta mais pelo tom de realidade que ela tem. Os fãs se dão conta que a carreira do ídolo está acabando.
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Todos terminam! É cruel, mas todos passaram. Mas o contraditório é que, ao mesmo tempo que passam, todos ficam pra sempre. Aqueles que têm o tamanho que Messi já alcançou ficam pra sempre. Mesmo ainda não sendo um campeão de Copa do Mundo – o que pode ocorrer no final do ano, pois a Argentina está entre as mais fortes candidatas -, Messi já ocupa há algum tempo o altar dos gigantes da história do futebol.
Até aqui, o ápice da história dele em Mundiais foi em 2014. Então com 27 anos, Messi fez uma ótima Copa no Brasil, levando a Argentina ao vice-campeonato, no Maracanã. Os argentinos perderam na prorrogação para a Alemanha, por 1 x 0. E ele foi eleito o melhor daquela Copa, numa decisão pra lá de discutível, afinal os campeões Neuer, Müller e Schweinsteiger mereciam mais que Messi. Mas entende-se que a Fifa precisa exaltar as grandes estrelas também como peça de marketing do seu grande produto, que é justamente a Copa do Mundo.

Num resumo rápido, Messi teve pouca sorte em Copas. Ficou no banco com 19 anos em 2006, na Alemanha, quando o técnico José Pekerman resolveu que ele não era tão importante assim, e o deixava no banco numa seleção argentina supertalentosa, que tinha Riquelme, Tevez, Mascherano e Aimar. Curiosamente, o técnico atual da Argentina, Lionel Scaloni era titular naquele time. A eliminação veio nas quartas de final para a Alemanha nos pênaltis. Messi nem jogou aquela partida.
Em 2010 foi comandado por Maradona na África do Sul, numa jornada que não dava pra levar muito a sério. Maradona nunca foi técnico de verdade e a Argentina, apesar de talentosa, não chegou a ser sólida. Perdeu novamente nas quartas e novamente para a Alemanha, só que desta vez por 4 x 0.
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Foi algo parecido com 2018. A argentina era uma bagunça. O técnico Jorge Sampaoli assumiu em cima da hora e fez da seleção um time sem referências táticas. A cada jogo uma tentativa, uma formação tática e uma escalação diferente. Não podia dar certo. Caiu nas oitavas para a França por 4 x 3, depois de quase ter sido eliminada na primeira fase.
A grande obra de Messi não foi nas Copas. Foi no dia a dia, vestindo a camisa do Barcelona e, agora, do Paris Saint Germain. Com suas arrancadas, jogadas, dribles e, claro, gols, fez e faz movimentar milhões de fãs a cada quarta e a cada domingo. A Copa do Mundo do final do ano pode ser a consagração. Mas se não for, Messi já está consagrado. Está entre os maiores e assim sempre será lembrado. Marcou mais de uma geração de torcedores e sobreviveu em alto nível por mais de 15 anos, o que é coisa rara.
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Quando Messi diz que é sua última Copa do Mundo parece que é ele que está perdendo. Na realidade é exatamente o contrário. É a Copa que perde, pois, infelizmente, esse é o último Messi para as Copas.