O que mais surpreendeu neste processo do Figueirense de trazer um diretor de futebol foi a prioridade dada a isto neste momento. O clube deveria, antes de tudo, resolver seus problemas internos e imediatos, como a questão financeira, que tem promessa para solução nesta sexta-feira (26).
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A vinda de um homem forte do futebol representa trazer alguém para "controlar"’ as possíveis insatisfações internas, como as que ocorreram na semana passada, com duas paralisações dos atletas. É um escudo para a direção da empresa, que ficou exposta, e teve que negociar diretamente com jogadores e comissão técnica a volta aos treinos – se o diretor de futebol estivesse aí, caberia a ele fazer essa negociação.
O primeiro nome era mesmo Émerson Leão, que esteve muito próximo de ser anunciado, mas os reflexos internos poderiam ser muito ruins. Houve uma rejeição interna e alguns profissionais ameaçaram sair. Antonio Lopes veio como uma alternativa mais branda, alguém mais maleável e aceitável, diante de um cenário que não é positivo. O "delegado" tem experiência de sobra para tocar o futebol alvinegro, mas vai precisar de muita energia e de mangas arregaçadas.