Havia uma expectativa sobre o que seria apresentado na entrevista coletiva do CEO administrativo do Figueirense, Enrico Ambrogini. Vem alguma novidade? Recuperação Judicial? Transfer Ban? Vem alguma mudança de rota? Seria algo específico sobre futebol? Sobre dinheiro, finanças? Ou alguma medida mais drástica em relação aos lamentáveis fatos ocorridos em Caxias, no domingo?

Continua depois da publicidade

Entre na comunidade exclusiva de colunistas do NSC Total

Vini Jr., o brasileiro, herói de muitos pelo mundo

Direto ao ponto: Só o racismo tira de Vini Jr. a bola de ouro

Foi tudo isso, mas muito superficialmente. O que faltou? Fatos e dados! E um pouco mais de ambição, de acordo com os anseios da torcida. Ambrogini disse que está tudo bem, dentro do planejado, que até o futebol vai bem, mesmo com três derrotas seguidas, disse que até o Estadual foi ok, que a dívida está sendo paga e diminuída, que a receita está aumentando. Tudo muito bom de ouvir e perceber, mas seria bem melhor com números claros.

Continua depois da publicidade

Figueirense precisa da torcida que ajuda, que não pode ser a mesma que atrapalha

Para um executivo, mais do que falar, é preciso mostrar. Quanto foi investido? Quanto foi gasto? Tem recurso pra garantir a folha até o final do ano? Quanto é a folha? Por que não daria para contratar mesmo se o Figueirense retirasse o Transfer Ban?

Clique aqui para entrar na comunidade do NSC Total Esporte no WhatsApp

Quanto a receita aumentou? Quanto o Figueirense arrecada por mês com sócios? Bilheteria? Pra qual assinatura vai esse dinheiro? Quanto vai entrar efetivamente da Clave a partir da efetivação da Recuperação Judicial? Quando vai sair a RJ? Fatos e dados! Números! Aquilo que é concreto. Afinal, como ele mesmo disse, muitos já sentaram naquela cadeira e falaram, falaram, falaram…

Figueirense identifica e pune torcedor que fez gestos ironizando a enchente no RS

Sobre a torcida do Figueirense, quem vive o clube e conhece o Figueira, sabe que é a grande força deste clube. Ela acredita, compra a ideia, se associa e comparece. Foram quase 11 mil no último jogo no Orlando Scarpelli. O recado da coletiva desta terça não foi bom para este torcedor. Passou uma impressão de que tanto faz… para um CEO, se entende que os números falam mais alto do que o grito de gol da bola na rede, mas para Figueirense não. Volto a questão: apresente os números. A torcida do Figueira é exigente e está cansada. É ambiciosa e vai cobrar. E o recado da coletiva foi um tanto quanto desanimador.