Sou da geração Zico. Comecei a ver futebol na década de 1980. Isso quer dizer que comecei já sendo muito bem-acostumado, porque além de Zico, vi Sócrates, Falcão, Éder, Mário Sérgio, Cerezo, Pita, Zenon, Leandro e muitos outros que hoje “deitariam” pra cima de defesas adversárias pelo mundo inteiro. Provavelmente todos estivessem na Premier League se fossem jogadores atuais.

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Depois vi Romário, Djalminha, Alex, Kaká, Bebeto, Ronaldo, Leonardo, Müller, Rivaldo, Ronaldinho Gaúcho, Cafu e Roberto Carlos. Todos entre as décadas de 1990 e 2000. Jogaram pelo mundo e encantaram. Essas gerações nos deram o Tetra e o Penta. E ainda foram vices em 1998. Foram três finais de Copa seguidas. Como foi bom…

Comparar Neymar e Pelé é absurdo fruto da carência atual do futebol brasileiro

De lá pra cá, o futebol brasileiro se agarrou em um só grande craque: Neymar. Muitos outros foram promessas de craques que se perderam em escolhas e atitudes ruins. Antes, muito mais nas escolhas. Atualmente, as atitudes ruins têm pesado contra possíveis bons valores e projetos de craques. E vamos combinar que o próprio Neymar se perdeu nas escolhas e nas atitudes. 

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Jael no Avaí, qual o problema?

Essa reflexão foi necessária após a revelação da lista da Fifa dos candidatos a “The Best”. Nas listas todas, há somente um brasileiro, o goleiro Ederson, que joga na Seleção e no Manchester City de Pep Guardiola. Ele concorre a melhor goleiro. Não está na lista principal de concorrentes ao “The Best”.

Com apenas um brasileiro, veja indicados ao The Best 2023

Você pode até ponderar que Vinicius Jr. deveria estar na lista. Deveria mesmo. Foi um dos melhores da última temporada e é um dos melhores do mundo atualmente. Não está porque comprou uma briga que muitos não querem e não gostam. Que fique firme na sua briga contra o racismo, mesmo que isto custe outras listas da Fifa. 

Mas temos que admitir que só ele, entre os brasileiros, pode ser reclamado. Apesar da reflexão, não sou um nostálgico. Acredito nos jogadores brasileiros e no talento brasileiro. Mas é difícil não comparar e chegar à conclusão que nosso orgulho nacional está em baixa. 

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