Se engana quem pensa que o técnico Mozart é o clone de Umberto Louzer na Chapecoense. O perfil de carreira pode até ser parecido, de um profissional que se preparou, que foi auxiliar algum tempo e ainda busca um grande trabalho para aparecer de verdade no mercado.
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Mas os depoimentos mostram um perfil mais aberto do que o antecessor. Conversei com profissionais que trabalharam com ele e acompanharam o surgimento dele como treinador.
“Excelente Profissional com conhecimento amplo de como jogar Futebol e não somente jogar bola. Faz com que os jogadores evoluam muito individual e coletivamente. Vai ter uma carreira brilhante!” – Rodrigo Pastana, que foi executivo de futebol dele no Coritiba e no CSA. Foi Pastana que levou Mozart para o time alagoano no ano passado.
“Trabalhou comigo quando era auxiliar no Coritiba. Pra mim, um dos melhores que já trabalhei. Disparado. Muito conhecedor. Não tem medo de perder jogo. Muitas vezes jogando com defesa exposta, mas na segurança. Ele é um grande profissional. Vai fazer um grande trabalho na Chape se derem tempo pra ele. É estudioso e ambicioso e extremamente qualificado.” – Rafael Lima, zagueiro histórico da Chapecoense e que trabalhou com Mozart no Coritiba.
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“Bom técnico, iniciando a carreira. Foi um erro o Coxa não ter investido nele no ano passado. Já queria treinar no estadual. Demonstra ter liderança no vestiário. Seus times são compactos. Joga sempre esperando um erro. Não é aquilo de ‘domínio do jogo’. Usa saídas em velocidade. Acho que tem a ver com o que o Louzer vinha fazendo.” – Napoleão de Almeida, jornalista paranaense da BandSports, narrador TVN Sports.
Opinião
Pelo que vi de Mozart no CSA é um treinador que faz o seu time jogar o jogo. Não é um técnico de um estilo único. Se o jogo pede domínio e agressividade, é o que faz. Se o jogo pede uma estratégia mais defensiva, é como coloca sua equipe em campo. Me chamou atenção a organização em campo.
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Mozart como jogador era um segundo homem de meio de campo, canhoto, que tinha certa habilidade e um chute poderoso da entrada da área. Teve uma negociação muito badalada do Coritiba para o Flamengo em 2000, jogou na Itália e na Rússia, adquirindo uma cultura internacional.
Como treinador, trabalhou por cinco anos nas categorias de base do Coritiba, passou a auxiliar do time principal, até assumir o primeiro grande desafio no CSA, em 2020.
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Aos 41 anos, a Chapecoense aparece como a maior oportunidade da carreira, num cenário de Série A, em um clube que tem boa visibilidade local, nacional e internacional. Acredito que a Chape acertou no perfil de profissional e de linha de trabalho.