Não é falar somente dos gols e da vitória grandiosa de sábado. É entender o que foi diferente na goleada sobre o Peru. Foram alguns fatores que fizeram o jogo mudar. Finalmente houve uma conexão de meio de campo. Nas partidas anteriores, os três jogadores de meio ficaram cada um no seu quadrado. Casemiro foi só volante, Arthur dava somente a saída de bola, com seu bom passe, e Philippe Coutinho esperava a bola chegar lá na frente.
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Contra o Peru, no sábado os três saíram do quadradinho e se encontraram mais próximos, trocaram passes mais rápidos e o Brasil teve uma dinâmica de jogo bem melhor do que vinha tendo. Além disso, o que todo mundo viu, que foi a diferença que fez a entrada de Everton Cebolinha no time. Tite demorou mais uma vez pra escalar quem estava gritantemente melhor, mas não demorou tanto quanto na Copa, quando não fez as alterações necessárias.
O camisa 19 desequilibrou o jogo com sua velocidade, seus toques rápidos, seus deslocamentos, suas finalizações e seus dribles. Foi o cara do jogo, sem nenhuma dúvida. Taticamente, as viradas de jogo abriram bem o campo. Ainda vejo que David Neres poderia ter sido melhor opção do que Gabriel Jesus. Neres poderia ser, do lado contrário, o mesmo inferno que Cebolinha foi. E Firmino jogou como no Liverpool, sendo um falso 9, com liberdade para movimentação entre o meio e a área adversária. Foi uma atuação quase perfeita da Seleção. A melhor, sem qualquer dúvida, nesta Copa América.