Na partida de quarta-feira, o Figueirense teve muitas dificuldades durante todo o primeiro tempo para fazer a saída de bola desde a defesa, do jeito que o time foi treinado e passou a executar durantes as partidas no Catarinense. O Figueira sofreu com a ótima marcação feita pelo Camboriú.
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Mesmo com todas as dificuldades, equipe não abriu mão de fazer do seu jeito. O técnico Júnior Rocha fez duas mudanças na equipe, colocando Léo Artur e Clayton já na volta após o intervalo. E já no início do segundo tempo, o time colheu os frutos, com um golaço de bola trabalhada desde a defesa, passando por toda a transição até chegar ao ataque e a definição pra o gol.
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A jogada, aos dois minutos do segundo tempo, começa numa cobrança de lateral, no lado esquerdo, passa pela defesa, goleiro, transita rápido pelo meio, sai da esquerda para a direita, e até chegar ao fundo da rede do Camboriú a bola passa pelos pés de nove jogadores do time – somente o atacante Luis Gustavo e o zagueiro Luis Fernando não tocam nela.
São 13 trocas de passes e duas finalizações. Um gol de jogo coletivo, de jogada trabalhada e que reflete muito bem o trabalho realizado desde o início da temporada do técnico Júnior Rocha e sua equipe.
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Os conceitos da jogada do gol
O gol tem alguns conceitos do que chamamos de futebol “moderno”, ou “atual”. São questões técnicas, mas muito interessantes de se observar.
Vamos a eles:
– Atração da primeira linha de marcação, que é quando a bola volta para o goleiro Rodolfo Castro;
– Quebra de pressão da primeira linha de marcação, quando o próprio Rodolfo Castro devolve a bola para o lateral Zé Mário;
– Jogada de terceiro homem, quando Léo Artur aproxima para trocar passes rápidos com Zé Mário e Clayton ainda no campo de defesa;
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– Mudança de corredor, quando a bola sai da esquerda e vem pra direita, na inversão longa feita por Clayton;
– Ataque ao espaço, que é o deslocamento do lateral Muriel, do campo de defesa para o de ataque;
– Jogo apoiado, mobilidade e penetração, passe em janela ou intervalo, que se caracterizam nas trocas entre Jhon Cley, Léo Artur e o passe mágico de Oberdan;
E ainda transição rápida, e dois outros conceitos que são reflexo do jogo de posição, com fixação de marcador e preenchimento de área.
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É um golaço do qual o time, a comissão técnica e a torcida podem se orgulhar e ter certeza de que o trabalho está sendo bem-feito.