O técnico Dorival Júnior resolveu falar e veio para contra-atacar depois das críticas feitas à Seleção Brasileira após a eliminação nas quartas de final da Copa América. Foram duas entrevistas de repercussão nacional na ESPN e na Globo/SPORTV, demonstrando a firmeza de propósito para atingir o alvo desejado.
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Dorival Júnior deu todas as explicações sobre o momento que antecedeu às cobranças de penalidades na eliminatória contra o Uruguai. Argumentou que não é a sua conduta regular e ponderou que todo o trabalho já havia sido feito e que não precisava estar ali no meio da roda com uma prancheta na mão.
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É uma explicação bastante aceitável, por mais que se possa contra-argumentar que aquele momento poderia ser importante para o líder desempenhar seu papel, passando confiança e uma voz de experiência para uma Seleção Brasileira tão jovem e tão pressionada.
Confira imagens de Dorival Júnior e da Seleção Brasileira na Copa América
O treinador foi além. Na ESPN disse que “daqui dois anos essas mesmas pessoas terão que engolir uma grande conquista” – numa quase repetição do mais famoso desabafo de um técnico da Seleção, que foi o conhecido “vão ter que me engolir”, de Zagallo, em 1997, depois de vencer a Copa América, na Bolívia.
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Nitidamente estava magoado. E tinha razão pra isso. Mas Dorival Júnior precisa fazer rapidamente a transição de técnico de clube para Seleção. Isso inclui não fazer concessões de convocação, mesmo que a CBF o atrapalhe mantendo o Brasileirão em atividade. Certamente, Dorival Júnior abriu mão de algumas escolhas no futebol brasileiro pra não prejudicar times e o próprio campeonato, e não complicar ainda mais a relação da CBF com os clubes. Não é papel dele.
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E nessa transição de técnico de clube para técnico de Seleção, a repercussão de tudo precisa ser assimilada. No Flamengo e no São Paulo tudo é enorme, mas na Seleção a repercussão é gigantesca. É só lembrar da meia de Roberto Carlos em 2006, do passe de Toninho Cerezo, em 1982, da cobrança pela falta não feita por Alemão em Maradona, em 1990… tudo vira discussão imediata e eterna.
É preciso estar pronto pra isso e até para cuidar dos detalhes todos e evitar deslizes que sejam menos expressivos num primeiro olhar, mas que com o mundo atual dos das “redes sociais” e dos “virais” pode derrubar qualquer profissional.