Desde o começo o Avaí foi melhor em campo. Com uma atitude agressiva, o time dominou os primeiros 30 minutos de partida, ocupando o campo de ataque, pressionando a saída de bola alvinegra e criando oportunidades para marcar.

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O sinal do domínio avaiano apareceu no lance do gol anulado de Jonathan, aos 20 minutos. Um pouco adiantado, ele acabou invalidando o que seria o primeiro gol do jogo e que traduzia o domínio do Avaí naquele momento. Mas o gol veio logo depois. Aliás, um golaço de Pedro Castro, com um chute muito bonito e de percepção, já que Sidão estava adiantado.

O Figueirense passou a pressionar, mas faltou qualidade no passe e nas finalizações. O melhor lance veio numa bola parada, que sobrou para Vitor Feijão tocar de cabeça, que Betão salvou em cima da linha. A pressão se repetiu no segundo tempo, assim como os erros de passe e finalização. O jogo criativo do Figueirense dependia de Guilherme, que acabou pedindo pra sair.

Augusto Inácio mexeu bem no time, dando vida nova ao Avaí e criando novamente opções de ataque, com Leonan na frente e Wesley, no meio. O Avaí marcou o segundo gol, na bola parada e ali definiu a vitória. Era 30 do segundo tempo.

As presenças de Rildo, Bruno Silva e até Jonathan deram um peso maior ao time do Avaí. Já houve alternativas de jogo e presença ofensiva.

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Quando atacou, o Avaí atacou melhor, com mais qualidade. Quando defendeu, o Avaí defendeu melhor também. E isso resume bastante a história do clássico. As mexidas de Augusto Inácio também foram melhores. No todo do jogo, o Avaí foi melhor e venceu bem.

Confusão inaceitável

Confusão foi a marca negativa do jogo
Confusão foi a marca negativa do jogo (Foto: Diorgenes Pandini/ NSC)

O clássico foi muito bem jogado e disputado entre as duas equipes. Não merecia a confusão final, que tirou o brilho de um grande encontro, que teve bom público e bom futebol.

Mais do que nunca, é preciso condenar qualquer tipo de invasão e quebra-quebra. Seja qualquer argumento, nada justifica. O torcedor precisa aprender de uma vez por todas que o seus lugar é na arquibancada. Perder é do jogo. Mesmo quando é um clássico de tamanha rivalidade. Se ganha e se perde. O torcedor não pode entrar em campo. De maneira nenhuma. Muito menos para tentar agredir jogador da equipe adversária, que foi o que ocorreu no Orlando Scarpelli. Os torcedores que invadiram queriam agredir o atleta Bruno Silva, no banco do Avaí.

Bruno Silva foi um destaque do Avaí em campo e é um jogador muito importante para este Avaí atual. Acontece que deveria ter sido também um pouco mais responsável e até profissional. Há relatos de provocações à torcida do Figueirense antes da inaceitável invasão de campo. Uma coisa não justifica a outra. E depois da invasão, Bruno chuta o torcedor que estava no chão, em frente ao banco de reservas do Avaí. Acaba atingindo também um companheiro de equipe, o goleiro Gledson. Bruno acabou sendo um dos pivôs da confusão. Todo mundo errado. Mas o atleta precisa ser mais responsável em campo. Bruno estava muito pilhado, desde o início do jogo. Precisa ser mais responsável, ainda mais alguém do tamanho e com a carreira que tem Bruno Silva.

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O Figueirense vai se incomodar com as invasões e o quebra-quebra. Fora os prejuízos com os vidros quebrados. E precisa identificar os torcedores invasores e bani-los do quadro de sócios e do estádio, como disse o presidente Chiquinho de Assis, depois do jogo, na CBN Diário.

Não há o que justifique a confusão. Nem a rivalidade, nem mesmo resultado. O clássico tem que ser grandioso como ele é. Um grande jogo, de rivalidade e história quase centenária. Todos saem perdendo com essa lamentável confusão.