A semana terminou com reclamação forte do Avaí nas manifestações que foram crescendo diariamente.
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O Avaí entende – com toda a razão – que está prejudicado se tiver que jogar fora da Ressacada os jogos que restam do Catarinense 2020.
O último a se manifestar foi o técnico Rodrigo Santana, em material divulgado pela assessoria do clube. “Não é justo a gente conseguir a primeira colocação dentro de campo e a chance de decidir dentro de casa e não poder. O futebol profissional todos estão altamente testados. Se eu não tivesse segurança, eu não estaria trabalhando.”
Mas antes o zagueiro Betão já havia manifestado o desconforto dos jogadores em eventualmente ter que jogar no estádio Renato Silveira e o próprio presidente Francisco Battistotti havia reclamado em entrevista, na terça, na CBN Diário.
O argumento do clube é simples e perfeitamente aceitável: O Avaí foi a melhor equipe na fase de classificação do Estadual. A única vantagem de ser o melhor é jogar a segunda partida de qualquer mata-mata em casa. Não há nem mesmo a vantagem de jogar por dois empates.
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Então, se tiver que jogar em Palhoça, no campo do Guarani, na realidade, o Leão estará jogando em campo neutro e perdendo a única e mínima vantagem que conquistou em campo durante a primeira fase.
Concordo plenamente com a reclamação avaiana, que também ganhou coro nas redes sociais com a campanha que une torcidas com as tags #AvaiJogaNaRessacada e #FigueiraJogaNoScarpelli.
Argumentação da prefeitura não está correta
O prefeito de Florianópolis Gean Loureiro tem feito um grande e responsável trabalho no controle da pandemia e na proteção à população da cidade e da região.
Mas não está sendo correto na avaliação do futebol.
A argumentação de Gean é que “se liberar o futebol vai liberar todas as atividades coletivas.”
A pergunta é: por quê?
Não entendo por que uma coisa obrigatoriamente está ligada a outra.
O futebol PROFISSIONAL tem se preparado para voltar talvez como nenhum outro setor. Se preparou na sua infraestrutura como nenhuma outra área, com protocolos e muitos testes.
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Os jogos do catarinense envolveriam um grupo reduzido de pessoas e TODAS TESTADAS.
Não há como jogar no mesmo “pacote” o futebol PROFISSONAL e, por exemplo, o futebol amador, ou, ainda pior comparação, as peladas em quadras esportivas.
O que se está pedindo é única e exclusivamente a liberação de Avaí e Figueirense para os jogos na Ressacada e no Orlando Scarpelli.
Aliás, jogar em seus estádios, seria melhor, em termos de prevenção, do que jogar em um lugar improvisado e aberto, que pode gerar algum tipo de aglomeração.
Está faltando por parte da prefeitura e do prefeito Gean um olhar mais específico em relação ao futebol PROFISSIONAL. O mesmo olhar e atenção que teve para liberar shoppings, academias, transporte coletivo urbano e agora o transporte intermunicipal.
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