O Avaí que entra em campo nesta quinta-feira pela Copa do Brasil tem um compromisso com o seu torcedor: seguir em frente na competição, eliminando o Palmas. É um Avaí que vem tentando se adequar às exigências deste mesmo torcedor. Uma delas é ser mais agressivo em campo, buscar mais os gols e vitórias.

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O técnico Claudinei Oliveira tem tentado fazer isso. Ele tem fama de retranqueiro. Fama que se justifica pelo estilo reativo de seus times. O torcedor do Leão já conhece bastante e já cansou de reclamar.

Acontece que desde a sua volta, no final do ano passado, os números têm mostrado uma tendência diferente: o Avaí atual está mais como o torcedor quer, agressivo e mais finalizador.

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A constatação vem da observação dos jogos e aparece nas estatísticas. A comparação é com o próprio Avaí de Claudinei Oliveira de 2017 e com o Avaí de Geninho, em 2020.

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CLAUDINEI 2020/21 X GENINHO 2020

Quando assumiu o Avaí já na reta final da Série B do ano passado, Claudinei pegou uma equipe que finalizava em média OITO vezes por partida. Foram 26 jogos sob o comando de Geninho, um com Evando, e as 11 partidas finais já com Claudinei Oliveira.

Nestas 11 partidas da reta final do Brasileiro a média de finalizações foi aumentando gradativamente. Nas cinco primeiras, foi de NOVE por jogo. Nas seis últimas, subiu consideravelmente para CATORZE por jogo. A média total dos 11 jogos com Claudinei Oliveira foi de DOZE arremates.

Os fatores que justificam este crescimento podem ser evolução da equipe no jogo a jogo em relação à ideia proposta pelo treinador e, muito mais significativo, a necessidade do Avaí de ganhar e ganhar jogos para tentar ainda o acesso.

CLAUDINEI 2020/21 X CLAUDINEI 2017

Claudinei Oliveira durante sua primeira passagem no Avaí
Claudinei Oliveira durante sua primeira passagem no Avaí (Foto: NSC Total / Banco de dados)

Quando dirigiu o Avaí na Série A do Brasileirão 2017, Claudinei Oliveira colocava a equipe, na maioria dos jogos, para atuar de forma muito reativa. Normalmente o Leão não tinha muito mais do que 30% de posse de bola e, pior do que isso e mais importante, finalizava pouco. A média de finalizações daquele Avaí, que acabou rebaixado à Série B, foi de OITO chutes por partida.

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O Avaí 2021, do Campeonato Catarinense, em quatro jogos, teve CATORZE finalizações de média. O volume de jogo contra Chapecoense e Brusque, duas derrotas, foi muito expressivo apesar do resultado adverso. Se a observação juntar os 11 jogos da Série B com os quatro do Catarinense, o que se vê é um treinador tentando mudar o seu perfil e o do time em campo.

É claro que não dá pra comparar a Série A, que tem jogos contra as melhores equipes do país, com o Estadual, num nível mais abaixo. Mas é fato: desde que voltou ao Avaí, Claudinei Oliveira tem tentado colocar a equipe mais agressiva em campo.

* com dados do NIF/Avaí e do Sofascore

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