Na reunião realizada no CFT com jogadores e comissão técnica, a direção da empresa parceira do Figueirense fez mais promessas para o futuro sobre pagamentos. A data é a sexta-feira (26). Com essa promessa e com a presença do dono da empresa, conseguiram convencer os profissionais do futebol a voltar aos trabalhos ainda na quarta-feira (17). Os treinamentos foram realizados. Há jogo na sexta-feira (19) e mais um dia de paralisação poderia praticamente inviabilizar a preparação para a partida difícil contra o Londrina.
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Há também uma linha de choque com os conselhos de Administração e Deliberativo, porque a empresa coloca parte da responsabilidade da falta de recursos nas ações de questionamento feitas pelos conselheiros nos últimos meses.
Pelo menos, segundo informações apuradas pelo repórter Kadu Reis, as justificativas aos questionamentos feitos na notificação do Conselho de Administração foram entregues no prazo final, quarta-feira, o chamado dia D. Mas como se percebe, tudo ainda está longe de ter alguma solução para que o clube volte a viver dias de tranquilidade e retomada do crescimento.
Quem defende o Figueirense
A discussão parece poder tomar a Justiça. Há quem defenda a empresa parceira, quem defenda o contrato, quem defenda os conselheiros. A questão é a seguinte: quem defende a instituição neste momento? O Figueirense está muito maltratado. Quando perguntei aos conselheiros Roberto Costa e Chico de Assis, em maio, o que eles esperavam da empresa parceira, a resposta foi “gestão, parceria e investimento”.
Na minha opinião há um erro grave: quem investe não pode ser o gestor. O investidor tem que ser o parceiro, mas o gestor precisa ser outro. Alguém que cuide do investimento com o olhar de cuidar daquilo que é do clube.
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O contrato precisa estabelecer o retorno do investimento dentro de um prazo e com determinado lucro, mas quem deveria tocar o clube deveria ter o olhar de zelo pelo próprio clube. Se o investidor for o mesmo que é gestor, o olhar vai ser sempre em benefício próprio. E não é um erro recente. Ocorreu também quando o parceiro Wilfredo Brillinger virou presidente. Acabou não dando certo e o clube ficou no prejuízo. O modelo foi replicado agora e mais prejuízos vieram. Administrativamente, o Figueirense anda pra trás desde 2010 e o pior momento chegou.