O jogo contra a Coréia do Sul trouxe boas novidades para a Seleção Brasileira. E bate justamente com a crítica que fiz recentemente ao atraso no trabalho de transição de gerações, que é necessário para o futebol da Seleção Brasileira.
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A grande novidade foi o lateral esquerdo Renan Lodi. O atleta, revelado pelo Atlético-PR, e atualmente jogador do Atletico de Madrid, foi o grande destaque do time nesta sexta. Deu leveza ao jogo da Seleção, com qualidade e fazendo fácil o trabalho pela esquerda. Ele é o futuro da posição no time nacional. A longo prazo, a lateral esquerda não será mais de Marcelo, nem de Filipe Luís, e não é para Alexsandro. O melhor e maior candidato é Renan Lodi. Foi o melhor em campo e tem que seguir.
No meio, outra mudança expressiva foi a entrada de Fabinho no lugar de Casemiro. Há uma diferença enorme no trabalho dos dois, que são da mesma posição. Casemiro é mais marcador, um volante de marcar posição à frente da defesa. Tem qualidade, mas não tem tanta mobilidade, não tem tanta intensidade, e não tem chegada ao ataque, como se fosse um meia. Fabinho, que está em grande fase no Liverpool, faz tudo isso muito bem. O momento é dele. O meio campista deu vida nova ao setor no jogo desta sexta. Foi o segundo melhor do jogo.
Só faltou ao técnico Tite dar mais minutos para Rodrygo. Todo mundo queria ver o garoto do Santos, que agora é do Real Madrid. Ele entrou somente com 41 do segundo tempo. Tite precisa abrir um pouco mais a forma de pensar. Seleção não é lugar pra filas ou hierarquias. Quem está bem, tem que ter prioridade. E com 2 x 0 no intervalo dava pra ter colocado o garoto.
Mas o jogo foi positivo e deixa lições e recados importantes. Tomara 2020 venha com Tite com uma mentalidade renovada pra fazer os ajustes e se desprender do passado. A Copa do 2018 passou e muitos jogadores passaram também. É preciso olhar para o futuro.
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