Eduardo Medicis é o homem que está à frente da operação Figueirense-CLAVE. Foi ele que esteve na apresentação feita no Conselho Deliberativo na semana passada, apresentando a empresa, explicando toda a operação e dando os argumentos e justificativas do negócio.
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A CLAVE é gestora, parceira ou credora do Figueirense?
Medicis é um profissional que desenvolveu carreira no mercado financeiro. Tem família ligada ao futebol, mas não é do futebol. Tem 17 anos de trabalho desenvolvido em bancos privados, bancos de investimentos e agora está do outro lado do balcão, com a CLAVE Capital, desenvolvendo carteiras de investidores.
Começou a carreira no Citibank, de onde saiu em 2009 para desenvolver o BR Partners, um banco de investimentos. Trabalhou por uma década por lá até criar a CLAVE junto com parceiros.
Na CLAVE, Médicis é um dos executivos e trabalha numa linha chamada de “special opportunities”, que é um conceito criado para grandes oportunidades de investimento no mercado. No popular, enxergar uma boa oportunidade no mercado e “fazer do limão uma limonada”.
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Conselho deliberativo do Figueirense aprova operações junto à Clave Capital
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Antes de chegar ao Figueirense, com quem já tem conversas desde julho deste ano, Medicis teve nas mãos possibilidades nas SAFs do Cruzeiro, do Bahia e analisou o projeto do Coritiba. O Figueira chegou à CLAVE através da Alvarez & Marsal, que desde 2020 trabalha a restruturação administrativa e financeira do clube.
No futebol, Medicis é somente um torcedor, mas tem família ligada ao São Paulo. Seu pai, José Alexandre Medicis, foi vice-presidente do tricolor paulista na gestão passada. E seu avô, José de Andrade Medicis, dá nome ao CT do Sport Recife por ter sido o comprador do terreno.
Outra ligação com o futebol, bem mais distante, se deu quando Medicis estava no BR Partners. Ele cuidava dos investimentos da TRAFFIC, empresa que negociava direitos de transmissões de competições nacionais e internacionais e que era dona de um clube formador, o Desportivo Brasil, em Porto Feliz, São Paulo.
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No Figueirense, Medicis, pelo que apurei, enxerga uma ótima oportunidade de investimentos pelo histórico do clube, pelo tamanho da dívida, pelo valor de marca, e pela possibilidade real de muito crescimento no mercado nacional nos próximos anos. No conceito de oportunidades, o executivo também vê o novo ambiente do futebol – SAFs e Ligas – como favorável para investimentos e bons negócios.
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