No comunicado oficial divulgado pelo Figueirense na segunda-feira, no final da tarde, havia uma questão crítica e que mexe com o torcedor alvinegro atualmente: a permanência ou não de José Carlos Lages.
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Dizia a nota, que está no site do clube, que “o Sr. José Carlos Lages concluirá seu trabalho como Diretor-Executivo realizando o processo de transição junto aos novos profissionais que irão liderar a gestão do Figueirense a partir de dezembro.”
A frase deixa em aberto. Não esclarece se Lages sai ou se fica, e se está falando especificamente do futebol ou do clube integralmente.
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Fui questionar as fontes. As respostas que ouvi vão na linha de que José Carlos Lages sai do futebol do Figueirense, que vai ter nova gestão a partir da chegada dos investidores.
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Perguntei de forma direta: José Carlos Lages fica no futebol?
A resposta foi: “Lages não fica no futebol”.
A outra fonte questionei: saindo do futebol, que posição José Carlos Lages vai ocupar?
A resposta teve um pouco mais de explicação desta vez e traz mais detalhes sobre a chamada transição:
“A ideia é que o Figueirense tenha uma cogestão por alguns meses. Isso vai depender do ritmo dessa parte burocrática dos contratos e do encaminhamento jurídico da Recuperação Extrajudicial. Então, o Lages como CEO segue participando por algum tempo, a ser definido, e em função que será escolhida. Essa parte de passagem do bastão é essencial para a chegada do investidor. Entretanto, vem um executivo de futebol que vai conduzir o trabalho da área. É esse profissional que vai executar as ações do futebol. A participação de José Carlos Lages deve ser na gestão, mais ampla. Durante a cogestão, várias pessoas que participaram da gestão nos últimos anos devem participar, como Norton Boppré, José Tadeu, e Paulo Prisco Paraíso.”
Fica claro que José Carlos Lages não fica no comando do futebol, ou em comitê de futebol, o que é importante no processo e traz credibilidade junto à torcida. Como já escrevi aqui antes, a parceria com a BIS foi um fracasso nos últimos anos no Figueirense.
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Ao mesmo tempo, quem está por trás de toda essa articulação financeira e na captação de investidores para o clube é a dupla Paulo Prisco Paraíso e José Carlos Lages. Então, é muito provável que continuem na gestão do clube, a associação FFC, e que tenham relação com os novos “donos” da SAF Figueirense.