Toda entrevista com Neymar rende, com repercussões naturais de um dos principais nomes do futebol mundial, o principal da atualidade no Brasil. A entrevista do Esporte Espetacular marcou um momento da carreira em que o camisa 10 do PSG passa por uma reflexão de 10 anos desde que entrou em campo pela primeira vez como profissional, aos 17, pelo Santos. São anos muito significativos em que o craque realmente deixou sua marca e se tornou referência.

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Neymar comandou a Seleção em duas Copas – sem sucesso –, mas conquistou o ouro olímpico inédito. Disse que sua obsessão é a Copa do Mundo e não ser o melhor do Mundo da Fifa, o que foi ótimo ouvir. Pois uma coisa que leva a outra, e não o contrário. Em clubes, mostrou que tem muitas saudades do Barcelona, apesar de ter dito que realizou seu sonho de criança ao conquistar ao lado de Messi a Liga dos Campeões. Mas, infelizmente, ainda percebi um Neymar menino, rodeado pelos pais.

Nada contra a família, muito pelo contrário. Acho que também não é muito culpa dele. É um pouco reflexo dos jovens eternos de 30 anos que temos hoje em dia. Em outras gerações, o amadurecimento vinha mais cedo – até mesmo dentro de campo. O que concluo é que as pancadas da vida real estão dando um choque de realidade em Neymar, mas ainda há um caminho pela frente. O temor é que a idade física chegue antes desse amadurecimento forçado.