Para terminar bem a primeira parte da competição – antes da Copa América –, o ideal para o Figueirense é vencer. A campanha até aqui, em campo, é boa. Tenho avaliado que está de acordo com o que o clube oferece neste momento. Estar a dois pontos do G-4 é algo que mantem o Figueirense a uma distância em que ele está efetivamente na briga. Na verdade, o time ficou devendo mesmo os dois pontos deixados no caminho no jogo contra o São Bento, na segunda rodada, em casa. Nas outras partidas foi tudo certo, roubando pontos fora de casa e fazendo os três diante do torcedor. Se vencer o Botafogo-SP hoje, o Furacão termina com um aproveitamento bom – 54%. É uma média boa para se manter sempre na briga.

Continua depois da publicidade

O jogo é complicado, mais do que o do último sábado diante do Oeste, fora de casa. Se tivesse vencido em Barueri, o Figueirense poderia ainda especular algo na partida desta oitava rodada. Mas como empatou, é hora de vencer em casa mais uma vez. É o desafio e a missão antes dessa parada no campeonato.

João Diogo

O melhor atacante do Figueirense atual é João Diogo. É o mais agressivo, o que tem melhores recursos técnicos e o que mais dá opções ao técnico Hemerson Maria. Se precisar dele como centroavante, ele faz bem. Se for pra usar do lado do campo, é dedicado e ajuda bastante na criação. João Diogo tem que jogar. Hemerson precisa é achar quais vão ser os melhores companheiros pra ele. Há muitas mexidas e ainda não há um trio, ou pelo menos uma dupla formada. O Figueira vem muito bem na defesa.

É difícil fazer gols na equipe e na organização defensiva que impõe o treinador. Mas lá na frente falta bastante. É nítido que o treinador vem procurando a melhor formação, até com alterações táticas tem trabalhado, como tentou fazer com o meio. É difícil defender uma tese de que um ataque tem que girar em torno de um jogador, e não é isso que estou defendendo. O futebol tem que ser, acima de tudo, coletivo. Mas João Diogo, neste time atual, não pode ficar de fora.

Continua depois da publicidade