Ainda sobre a entrevista de domingo do presidente Francisco Battistotti, o grande equívoco das declarações é o choque. O Avaí não precisa de divisões e discussões neste momento tão difícil de encarar a realidade. O campeonato, que atropela, já impõe ao time e ao clube todas as dificuldades possíveis. As discussões entre presidente e torcida e as cobranças públicas de responsabilidades do departamento de futebol podem tornar a questão ainda mais difícil.

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É hora de unir forças internamente, agregando diretoria e departamento de futebol para resolver problemas, que existem mesmo, e tocar adiante o projeto de permanência na Série A. É hora de trazer a torcida junto. Não adianta tentar doutrinar o comportamento do torcedor. O que ele quer é vitórias, que o time está devendo dentro de campo. Como escrevi nesta segunda, as pressões vão existir. Ano de Série A é ano de muitas dificuldades, de jogar no limite. O torcedor pode entender isso e a diretoria precisa saber assimilar as tensões e cobranças.

O déficit é de cinco pontos

O que o Avaí está devendo são cinco pontos deixados no caminho nesses sete jogos. Somente levando em conta aqueles jogos que representam o que chamamos de “campeonato do Avaí”, os pecados foram o empate com o CSA e a derrota de virada para o Ceará. São cinco pontos muito caros, que fazem muita falta agora e que precisam ser recuperados em partidas em que o Avaí não cogitava chances maiores.

Contra o CSA o time jogou realmente muito mal. Foi um futebol sem criatividade, sem intensidade e sem brilho. Já contra o Ceará, o primeiro tempo foi muito bom. O Leão deixou de fazer um placar bem largo ainda nos primeiros 45 minutos. Teve agressividade, envolveu o adversário e criou grandes chances, mas no final a virada foi muito dura.

O Avaí não pode deixar passar partidas como essa, contra adversários diretos, ainda mais dentro de casa. Nesses jogos, os times podem estar decidindo quem fica e quem cai ao final da temporada.

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