A vitória de 2 x 1 sobre o Brasil de Pelotas foi um resultado muito importante na caminhada do Avaí e vem em um momento de cobranças e pressão. Somar três pontos neste jogo alivia o time, faz subir na tabela, mas a atuação não passa confiança ao torcedor.
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É que o Avaí segue fazendo um futebol pobre, abdicando da posse de bola, se fechando no seu campo, para sair em velocidade e no erro das equipes adversárias. Nem mesmo uma marcação agressiva o Avaí faz.
No primeiro tempo, o time fez o gol praticamente no primeiro lance, fazendo o certo, virando o jogo da esquerda para direita, achando espaço no lado contrário. Foi um belo gol, com a virada de jogo de Jean Martin e chute de primeira do lateral Iury. A partir daí deixou de jogar. Se limitou a fechar os espaços no seu campo de defesa. Nem contra-ataques conseguiu fazer.
O segundo tempo começou ainda pior porque o Avaí se fechou ainda mais e o Brasil de Pelotas arriscou, se lançando a frente. Não fosse o goleiro Frigeri, o time de Hemerson Maria teria empatado aos quatro minutos num toque de cabeça de Gabriel Poveda. O time só começou a criar contra-ataques com a entrada do atacante Rômulo e a saída do centroavante Gastón – aliás, o estilo de jogo do Avaí não é pra centroavantes.
Rômulo entrou aos 21 do segundo tempo e numa iniciativa individual praticamente definiu o placar aos 29, com o segundo gol avaiano.
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Há pontos positivos, claro. Jean Martin vem jogando demais, praticamente sozinho no meio de campo. Rômulo e Getúlio são ótimos retornos. Trabalhar com resultado positivo é sempre melhor. Mas Geninho continua devendo. O Avaí tem qualidade de jogadores, mas abdica de jogar. Dá pra desenvolver bem mais o jogo da equipe. Como tem se apresentado, a campanha tende a ser irregular como está sendo.
Ouça o comentário de Rodrigo Faraco para o Atualidade Esportiva, da CBN Diário: