Os mesmos erros do jogo de quatro anos atrás, contra a Bélgica, apareceram na eliminação diante da Croácia nesta Copa do Mundo. Faltou ação de treinador na hora de decidir as maiores partidas de uma Copa, que sempre são a partir das quartas de final, com os grandes jogos que exigem grandes atuações dentro e fora de campo.

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A teimosia com Gabriel Jesus de 2018 foi a teimosia com Raphinha em 2022. Tite passou do limite com eles nas duas Copas. Foram jogadores que permaneceram demais na equipe com a justificativa tática. A parte tática sempre é muito importante. Todas as equipes precisam ter obediências e comportamentos táticos. Mas Raphinha mostrou que não estava bem já na primeira partida. Sentiu o peso da Copa – nitidamente!

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Tite foi superado taticamente por seu rival Zlatko Dalic do banco de reservas croata. O técnico da Croácia foi o Roberto Martinez da vez. Sim, porque em 2018 o técnico espanhol da Bélgica veio com uma alteração tática que dobrou o Brasil nas quartas de final. E desta vez a Croácia foi enrolando o jogo executando com perfeição as alterações táticas – escrevi que eram previsíveis – feitas por Dalic para encarar e eliminar o Brasil.

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Tite, ao lado do campo, não teve resposta nenhuma. Não mudou o meio para ganhar mais volume e marcação. Deixou Modric à vontade e ditando o ritmo do jogo e em todos os espaços do campo. Sim, o craque croata desfilou em campo, sem marcação.

Não houve uma variação tática do meio pra frente no jogo e durante a Copa. As variações testadas durante as eliminatórias sumiram na Copa do Mundo. O repertório que a Seleção sempre teve foi descartado no Mundial.

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A preparação da Seleção foi boa. A convocação não teve muitas polêmicas. Mas Tite, durante a Copa, fracassou mais uma vez. Quando a Seleção precisou de técnico, não teve.