A entrevista de Rogério Micale após o empate mostrou um técnico e sua característica: trabalho longo de construção de time e estilo de jogo para longo prazo. Por isso escrevi, quando Micale chegou, que subir ou não já não era mais tarefa que um técnico pudesse controlar. Está fora do alcance dele o controle dessa situação. Micale ainda fala em tempo e assimilação, só que o Figueirense não tem mais este tempo. Faltam nove rodadas e o time simplesmente não vence. No returno já são cinco jogos em casa e nenhuma vitória. Com o novo técnico foram dois empates lutados contra São Bento e Atlético-GO.
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Repito a frase: os problemas do Figueirense na temporada são do Figueirense. Não eram de Milton e nem são só problemas que Micale possa resolver. As novidades apresentadas no jogo foram boas, mas ainda não foram suficientes para que o time vencesse uma partida.
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O time apareceu com uma bola parada bem trabalhada. Era nítido ver que o Figueirense valorizou muito essa parte, tanto que fez o primeiro gol assim – e poderia ter feito mais. Faltou capricho e pontaria na finalização.
O início do jogo mostrou uma equipe empurrando o adversário para trás, ocupando o campo de ataque e com atitude agressiva na marcação – o tal “atacar marcando” que Micale citou nas entrevistas. Não foi consistente, mas foi presente. Outra questão importante foi a participação mais efetiva dos laterais. Tanto João Paulo quanto Diego Renan tiveram participação ativa na construção do jogo, Matheus Sales e Betinho seguravam a cobertura à frente dos zagueiros.
Mas os erros também apareceram. Erros individuais, com Cleberson falhando bastante, com Ferrareis individualista e quebrando o sequência de passes. Erros coletivos, que deram os dois gols ao Atlético. Realmente, o que o Figueirense precisa exige longo prazo. Agora
o time vai ter que se superar com seus defeitos.
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