O agora ex-técnico da Chapecoense, Mozart Santos, aceitou falar sobre o episódio que ocorreu pós-jogo, nesta quarta-feira, na Arena Condá. Um pequeno grupo de torcedores esperou a saída do treinador para hostilizá-lo com palavrões e xingamentos, intimidando pra que ele fosse embora do clube após a derrota para o Avaí na decisão do Catarinense 2021.
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No caminho entre a saída do vestiário e onde estava seu carro no estacionamento interno do estádio, ouviu de tudo, numa cena extremamente constrangedora. Mozart fez uma reflexão sobre episódios como este, que são recorrentes no futebol. Mas o que mais deixou o treinador chateado foi a família estar presente e perceber a agressão.
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“Realmente lamentável! Infelizmente meu menino e minha esposa presenciaram, porque eles estavam me esperando após o jogo. Antes de ser treinador, que honra com os compromissos, que trabalha bastante, que chega cedo, enfim… que sai tarde… as pessoas não têm a mínima ideia do que é trabalhar com o futebol, mas infelizmente é cultural né. Acham que a gente não trabalha porque eles só veem o produto final, que é o jogo. Antes do treinador existe o ser humano, existe o pai de família. Eu não vou no trabalho de ninguém ofender ninguém. Mas infelizmente é cultural, então é assim que funciona e nós vamos continuar falando que infelizmente é assim porque é cultural e nada vai acontecer.”
Mesmo com toda a chateação, Mozart Santos garantiu que nem pensou em tomar alguma atitude legal em relação ao ocorrido. Relevou o fato e ressaltou que entende não se tratar da torcida da Chapecoense e nem do que representa a cidade de Chapecó.
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“Com relação a levar pra frente, não tem a mínima possibilidade porque eu acredito que aquilo ali não represente o que é Chapecó e o que é a torcida da Chapecoense. Ali tinha 10, 15 pessoas. Com certeza a torcida é muito maior que essas 10, 15 pessoas. Inclusive vi até meninas me xingando e tal, o que é lamentável. Provavelmente não é a educação que os pais passaram pra elas. Cabeça erguida. Eu tentei dar o meu melhor. Infelizmente as coisas não aconteceram por vários fatores.”
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