Além das obrigações da empresa, como pagar os atrasados ainda esta semana, cumprir daqui pra frente, em dia, os prazos dos pagamentos de salários e encargos, e investir, dinheiro novo da empresa e não de cotas que já pertenceriam à Associação, até abril do ano que vem um total de RS 19 milhões, com aportes mensais, existem também obrigações, ou compromissos, da Associação Figueirense Futebol Clube. O mais importante deles é o compromisso de não contestar judicialmente o período que passou do contrato, de agosto de 2017 até agora. Ou seja, não entrar na Justiça cobrando da empresa as questões pendentes do contrato original, que levaram o clube a entrar com a notificação em maio deste ano. Essa salvaguarda vale por 18 meses a partir de agora – um ano e meio.
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É a tal da segurança jurídica para poder investir, pedida pelo dono da empresa em conversas internas. A discussão envolveu um total de 15 conselheiros, de todos os poderes do clube. Ao final, somente três deles foram contra este novo acordo. São eles Décio Moritz, João Goldmeier e Nikolas Bottós.
Opinião: difícil de acreditar
Diante de tudo que já ocorreu, da forma como o Figueirense foi administrado nos últimos tempos, não dá pra acreditar no cumprimento deste novo acordo. Pra começo de conversa, o presidente da empresa divulgou na coletiva de imprensa, ontem, que já havia acertado na manhã de quarta os atrasados. Só que apurando informações com os profissionais, os atrasados não foram totalmente pagos. O que foi pago foi o valor de contrato CLT de junho.
Ainda há muitos atletas com direitos de imagens de mais de um mês em atraso. O direito de imagem, em média, representa 40% dos salários dos jogadores. Desde 2017 era esperado um cenário de investimentos e crescimento da empresa, o que não ocorreu. Muito pelo contrário, já que o Figueirense vem passando por situações graves, como correr contra o rebaixamento à Série C em 2017 e 2018, e atrasos de salários e encargos, além do crescimento da dívida. O dia a dia é que vai dizer, mas acreditar é muito difícil. A empresa está em descrédito e sem respaldo junto ao torcedor alvinegro.
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