O técnico Alberto Valentim usou o jogo contra o Santos para argumentar na entrevista coletiva o ajuste do time para encarar o Flamengo. “Vamos fazer o nosso jogo, como fizemos na Vila contra o Santos no melhor momento deles”. É bom lembrar que neste jogo citado por Valentim o Avaí perdeu por 3 a 1 e o goleiro Lucas Frigeri foi o destaque do time.
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O treinador ressaltou a suposta boa atuação do time e trouxe à tona um pensamento que é legal ser elogiado pelo jogo realizado, apesar da derrota. Isso transita mais pelo campo da vaidade e não daquilo que o Avaí precisa em campo, que é um futebol eficiente para fazer resultados. Contra o Santos, naquela partida o Avaí teve de positivo a boa movimentação no ataque, com um quarteto formado por Gustavo Ferrareis, Bruno Sávio, Lourenço e João Paulo. Só que a defesa esteve sempre exposta. O jogo foi 3 a 1, mas poderia ter sido um 5 a 2 ou algo parecido. Se for deste jeito contra o Flamengo, o risco é grande.
Jogo contra o Fluminense não é referência
Valentim também quis argumentar que o Avaí marcou forte no Maracanã, contra o Fluminense. Não foi a realidade. O primeiro tempo não foi bom. O Tricolor poderia ter definido o jogo. Vladimir foi disparadamente o melhor em campo. E em outros lances, o time carioca perdeu gols errando, como um lance de Wellington Nem em que ele dribla pra esquerda e chuta pra fora.
Sigo achando que Valentim é bom técnico e tenta construir algo a longo prazo. Só que o Avaí, pra lutar contra o rebaixamento, precisa de algo imediato. Diante do Flamengo o risco é enorme marcando muito. Se o Avaí for faceiro, leve e solto, pode até criar chances, mas vai dar muitos espaços para um time que produz muito e que tem feito quase três gols por partida. O Avaí deveria aproximar as linhas e diminuir espaços no campo defensivo. A primeira marcação deveria ser nos volantes do Flamengo. E no ataque o caminho é explorar a defesa alta do time de Jorge Jesus, usando velocidade.
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