Diante do São Paulo, o Avaí vinha com uma escalação que prometia um time com mais trabalho de bola no meio e força no ataque. Cheguei a acreditar nisso com o esboço do time na semana. A execução foi totalmente o contrário. O que apareceu foi uma equipe tentando ligações diretas da defesa para o ataque. O primeiro tempo teve apenas um lance, aos 42 minutos, com Caio Paulista lançando Getúlio, da direita para esquerda.

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Mas como diz o colega Salles Jr. na CBN Diário, ele “teve medo de ser feliz” e, em vez de bater de canhota como ela veio, preferiu ajeitar pra direita e perdeu a chance, que acabou bloqueada pela defesa. O segundo tempo foi ainda pior. Geninho fez as duas últimas mexidas muito mal, matando o time em campo. As entradas de Brizuela e Daniel Amorim acabaram com o ataque avaiano. O placar zerado foi a exatidão do que produziram os dois times: quase nada.

Escrevi na semana passada que a melhor dupla de zaga seria Betão e Kunde. O garoto foi muito bem. O melhor do Avaí em campo. Não perdeu nenhuma dividida, a dupla atuou de forma segura e precisa continuar. Foi quase o único fator positivo da atuação avaiana.

Só 16,7%

O técnico Geninho terminou a coletiva após o empate com o São Paulo com um discurso curioso, no mínimo, para uma equipe que mais uma vez decepcionou. Disse ele, num tom de “quem sabe” o Avaí poderia fazer uma zebra em São Paulo, na quinta-feira, diante do Palmeiras.

Difícil se formos analisar tudo que ocorreu até agora – o que as duas equipes no Brasileirão. Se não conhecesse o técnico Geninho e sua seriedade, diria que ele brincou com a paciência do torcedor, que acabava de ver mais uma partida frágil do Avaí. Em oito jogos, o Leão tem um aproveitamento de apenas 16,7%. O Palmeiras, contando o jogo contra o Botafogo, tem 22 pontos em 24 – 91,7%. É o líder!

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