O técnico João Burse, do Figueirense, ficou incomodado com a pergunta do colega Cristian De Los Santos sobre a forma como o time dirigido por ele se defendeu no segundo tempo do empate com o ABC em 1 x 1, pela oitava rodada da Série C do Brasileiro. A pergunta era sobre povoar mais o meio de campo para voltar a ganhar a segunda bola e aliviar um pouco a pressão do time de Natal.
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O treinador explicou que o Figueirense ataca com um 4 3 3 e que defende recuando os pontas na linha dos dois volantes, num 4 4 2. E isso é mesmo realidade. Esse é o princípio básico tático do Figueirense de João Burse. A questão é saber se funciona, se está sendo efetivo em campo, se o técnico está vendo ou não e se vai agir para mudar, ou ainda pior, sobre os porquês de não ter interferido. E claramente, o time não estava funcionando em campo. O Figueirense não estava bem.
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Apesar de toda a explicação sobre o momento ofensivo e o momento defensivo do Figueirense, o problema é que ele arrematou a resposta dizendo um “não procede”, como se não pudesse ser questionado sobre o péssimo segundo tempo do time e as responsabilidades dele como treinador. Na verdade, a questão procedia bastante. Afinal de contas, a segunda bola estava sendo sempre do ABC, que dominava o segundo tempo e fazia o perigo rondar a área do Figueirense. Tanto é que o time tomou dois gols nos minutos finais e foi salvo em um deles por um impedimento bem assinalado.
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Para citar um dos buracos defensivos do time de João Burse, os pontas do Figueirense, que não estão dando conta de atacar, não são efetivos nessa marcação da segunda linha. E é preciso considerar que não é muito inteligente cansar os dois atacantes mais perigosos do time, que são Pato e Alisson, correndo atrás de laterais o tempo inteiro.
Quando a pressão é feita na frente, no campo de ataque, ok, pode ser feito, pois eles ficam sempre próximos do gol adversário. Mas pra jogar recuado, o Figueirense acaba tendo seu sistema defensivo sobrecarregado, não marcando bem, como não marcou o ABC, e perdendo o poder de ataque, como ocorreu na partida.
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No caso do jogo de sábado, Pato tinha a parceria de Bruno Michel, que é muito menos tático e marcador. O problema se agravou. João Burse está sendo teimoso com as escolhas para o time e com o sistema tático, tem dificultado a vida dos dois melhores jogadores da equipe, que deveriam jogar mais soltos na frente, e o Figueirense vem caindo na tabela de classificação da Série B, com os insucessos seguidos.
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Ou ele acha novas soluções para o time que realmente tem muitas limitações, ou daqui a pouco a solução que o Figueirense vai ter que encontrar está na saída dele. Afinal, sem poder contratar jogadores, com o Transfer Ban, o único movimento possível da diretoria está na comissão técnica.