A invasão do vice-presidente da Chapecoense, Alex Passos, aos estúdios da rádio Super Condá, em Chapecó, durante o programa “Resenha Nota 10”, foi uma sinalização muito clara de como a situação do time na tabela de classificação está mexendo com o discernimento necessário para gerir uma crise do tamanho da atual Chapecoense – crise que é administrativa e esportiva.
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O vice-presidente foi infeliz na atitude e nas palavras. Foi o chamado “tiro no pé”. Em determinado ponto do debate e do discurso chegou a usar o termo “aquela porcaria”, entre outros palavrões ditos. Voltou no dia seguinte, como convidado, de cabeça mais fria, e pediu desculpas à torcida pela expressão. Era o mínimo.
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Ouvi os dois programas. O de segunda e o de terça. A manifestação “diretoria omissa”, que revoltou o dirigente e foi o estopim para a invasão foi enviada por um torcedor. E é um momento de ouvir e aceitar as críticas e entender a paixão e a chateação da torcida.
Mais do que isso, é momento de concentrar forças em resolver os problemas da Chape, dentro e fora de campo. E se for pra cair, que seja com a dignidade da luta feita. O bate-boca com a torcida e com a imprensa não produz nada, além de mais revolta e desgastes.
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A pressão está enorme, é verdade. Faltam 10 partidas para o fim do campeonato e a Chapecoense está na zona de rebaixamento da Série B do Brasileiro. E a derrota para o Sampaio Corrêa, no sábado, fez aumentar ainda mais o tom das cobranças em cima do time, da comissão técnica e da diretoria.
A direção da Chape tem que concentrar o foco em cuidar dos mínimos detalhes internos e externos. A relação com a torcida é muito importante, mas com a máxima habilidade e sem bate-boca ou xingamentos.
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